AVALIAÇÃO DO MEC

Corrente de energia garante nota 5 ao curso de Engenharia Elétrica

Para que um curso superior seja credenciado pelo Ministério da Educação (MEC), precisa atender a determinados critérios técnicos. O processo de recredenciamento trienal dos cursos checa em detalhes se esses critérios estão sendo cumpridos e ao final emite uma nota de zero a cinco. Para a nota final do curso, além da avaliação in loco são consideradas as notas do Enade e da Comissão Própria de Avaliação (CPA).

O Enade consiste em uma prova com alunos que estão no começo e no final da graduação, com questões de conhecimento geral e específico de cada curso. A CPA é o órgão que faz o monitoramento de qualidade interna da instituição, por meio de avaliações periódicas. Já a avaliação in loco é feita por dois ou três especialistas na área definidos pelo MEC, e tem duração de dois dias: um para conhecer instalações e conversar com alunos e professores, e outro para verificar a documentação solicitada previamente.

Ao longo de 2019, diversos cursos da Uninter vão passar por esse processo. Quatro acabaram de receber os avaliadores do MEC, entre eles o de Engenharia Elétrica na modalidade de educação a distância, que foi avaliada em abril. O professor Juliano de Mello Pedroso é coordenador do curso há 1 ano e meio e já passou por 2 avaliações do MEC, uma para cada modalidade do curso (presencial e EAD).

O Uninter Notícias conversou com Juliano sobre como foi o processo avaliativo que aconteceu entre os dias 14 e 17 de abril.

Fale um pouco dos avaliadores.

Foram dois avaliadores, o Guilherme Sousa Bastos, do Instituto Eletrotécnico de Itajubá, que é uma das maiores referências em engenharia elétrica no Brasil, e o Manoel Henrique de Oliveira Pedrosa Filho, da Universidade de Pernambuco.

Como foi o processo avaliativo?

O processo todo começa assim, primeiro você recebe uma agenda dez dias antes que vem com os horários que eles querem cumprir quando chegam aqui e quais documentos eles querem ver. Então você manda o Projeto Pedagógico do Curso (PPC), e eles [os avaliadores] mandam a agenda dizendo que reuniões querem fazer, em que horário e com quais pessoas. Eles chegam um dia antes, no meu caso foi no domingo, pois a avaliação seria segunda e terça. Segunda foi o dia das reuniões, com a CPA, com a reitoria, com o coordenador, com o NDE (Núcleo Docente Estruturante), com os alunos e os professores. Depois das reuniões, os avaliadores analisam todos os documentos solicitados, podendo solicitar outros. Eles têm 54 itens, que são verificados um a um e recebem notas de 1 a 5, e com a média eles dão a nota da instituição. Eles acabaram pedindo mais sete itens além do que estava na pasta, que ficou alguma dúvida, fora isso, mais nada. A avaliação foi bem bacana.

Como foi a escolha dos alunos para a reunião?

No começo ficamos com dúvida, não sabíamos como escolher, mas sempre parte dos avaliadores. No nosso caso, eles nos permitiram escolher, e escolhemos os dos polos mais próximos, mandei um e-mail para os alunos dos polos de Curitiba – dos 90, 27 vieram. Foi uma das maiores participações de alunos EAD nas reuniões que eles tiveram. Nós não podemos participar com os estudantes, mas o feedback dos alunos depois do encontro foi positivo, que até os avaliadores incentivaram os alunos a se manter no curso. Além do mais, conseguimos fazer a reunião com dois polos via Skype, e os avaliadores acharam muito bacana, pois falaram com o polo de Imperatriz (MA) e Camaçari (BA).

Foram feitas visitas à infraestrutura da Uninter?

Sim, os avaliadores visitaram os estúdios, tanto das Araucárias, quanto da Tiradentes. Nós temos um estúdio pronto para gravar coisas da engenharia, onde tem material, com um quadro próprio para o curso e uma câmera de topo para gravar o professor lidando e montando as coisas. Eles acharam que estavam no Projac da Globo, a equipe apontou a câmera para eles, que se viram lá, se movimentaram, fizeram uma visita interativa. Tinha até um professor gravando.

Como foi a preparação tanto para a recepção quanto da documentação?

A minha fala gira em torno da minha equipe. Sem os meus professores eu não teria condição de conseguir tudo isso. É um grupo entrosado e extremamente competente. Tive que delegar muita coisa, reparti o PPC em vários pedaços, os documentos e evidências em várias pastas e cada professor ajudou com a sua porção. Assim vamos montando uma grande rede de informações para quando o avaliador chegar aqui, estar tudo ajustado. Todo esse trabalho é um processo quase contínuo, dura uns oito ou nove meses, porque o PPC vai mudando, o processo avaliativo mudou durante a minha avaliação, então tivemos que adaptar. Quem vê pensa que o processo é fácil, e que o mais difícil é a avaliação in loco, mas não é. O mais tranquilo para todo mundo é a avaliação, mas é bem corrido para o coordenador que acompanha os avaliadores em tudo. Eu sou 10% ou 15% do processo. Se alguém merece o 5 é a minha equipe.

 

* O professor Juliano de Mello Pedroso ainda comentou que um dos avaliadores tem uma pessoa autista na família e perguntou sobre a existência de um departamento na área de inclusão. Ele gostou muito de conhecer o Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (SIANEE), que foi muito elogiado e se mostrou um diferencial. “Os professores e o SIANE foram essenciais para a nota do curso, eu só juntei tudo isso”, finaliza Juliano.

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Autor: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Ariadne Korber - Estagiária de Jornalismo

2 thoughts on “Corrente de energia garante nota 5 ao curso de Engenharia Elétrica

  1. Sinto muito orgulho em fazer parte do curso de engenharia elétrica e faço questão em compartilhar a credibilidade da instituição e competência dos professores.

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