Ecoturismo traz oportunidades de empreender e preservar o meio ambiente

Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo

Segundo publicação do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o Brasil é o país que mais mata e desmata. Fomos considerados o país que mais matou ativistas e defensores das causas ambientais entre 2002 e 2017, sendo o campeão na prática de crimes socioambientais.

Uma pesquisa publicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela uma estimativa de que 11.088 Km² foram desmatados na Amazônia legal, região que engloba 9 estados brasileiros pertencentes à bacia Amazônica: Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Roraima, Acre, Amapá e Rondônia.

Essa forma violenta de tratar o meio ambiente pode ser combatida, do ponto de vista econômico, com o investimento em turismo e sustentabilidade. Para destacar a importância da preservação ambiental e celebrar o dia nacional do ecoturismo, em 1.mar.2021 a coordenadora do curso de Gestão de Turismo da Uninter, Grazielle Ueno, participou de uma live mediada pelo professor do curso de Gestão Ambiental Augusto Silveira.

Bacharel em turismo, formada em administração de empresas, com especialização na área de gestão ambiental e desenvolvimento, Grazielle cursou mestrado na área de turismo, e agora faz o doutorado em tecnologia e desenvolvimento.

“O turismo é meu objeto de estudo, eu sou apaixonada por essa área, por isso estudo o turismo durante toda a minha trajetória acadêmica, e nós professores nunca paramos de estudar. Eu concluí uma outra especialização em dezembro de 2020, em Big Data, gestão de grandes volumes de dados. A ideia de sempre estudar é sempre compartilhar, então quanto mais a gente aprende, mais temos coisas para compartilhar”, afirma.

A coordenadora explicou que o turismo é um fenômeno amplo, complexo e diverso, e que muitos autores classificam os tipos de turismo pela demanda, pelas características dos viajantes, e pelas características do lugar que recebem o turista, e a partir disso surgiram inúmeras denominações dentro do turismo.

Grazielle avalia o turismo como uma atividade complexa e diversa, e afirma que a nomenclatura “turismo” lhe causa desconforto. Durante o bate-papo ela enfatizou que é importante entender que o turismo é um movimento amplo, não é só um movimento econômico, mas também de desenvolvimento social, ambiental e cultural, e por esses motivos, o principal recurso que incentiva o turista a se deslocar é o fator que intitula o tipo de turismo. No caso do ecoturismo, o fator atrativo é a natureza, o contato com o meio ambiente.

“O ecoturismo não se desvincula dos outros segmentos do setor, na realidade eles se complementam. A cultura de uma região envolve o ambiente natural, social, os saberes daquele território, então tudo isso se soma num grande produto. Quem vai a esses lugares para entrar em contato com a natureza, também vai se alimentar, comer pratos típicos da região, vai conhecer um museu, ou seja, essa pessoa além de fazer turismo ecológico, também estará fazendo turismo gastronômico e turismo cultural”, explica Grazielle.

Oportunidade de empreender

O turismo em áreas naturais é uma oportunidade de criar negócios, gerar emprego e renda. Segundo Grazielle, daqui a alguns anos haverá uma carência de profissionais aptos para atuar no ecoturismo. “Para dar um subsídio nesse crescimento, os dados da organização do turismo fazem referência a um centro de inteligência mundial que faz uma pesquisa de tendências de consumo. Essa pesquisa mundial nos conta que o turismo está entre as cinco principais tendências de consumo quando toda a população mundial tiver segurança para circular livremente, sem precisar se preocupar com o vírus da Covid-19. As projeções confirmam essa tendência de consumo”, conta.

Você pode assistir ao vídeo completo da live clicando aqui.

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Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Juan Mendez/Pexels


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