Das telonas para as telinhas, youtuber fala sobre cinema na internet

Autor: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo

O cinema é uma paixão comum a milhares de pessoas no mundo todo. A sétima arte tem o poder de encantar, criticar, incomodar e entreter espectadores das mais diversas origens culturais e idades, com sua magia dos 28 quadros por segundo.

Patrícia Lourenço da Silva, estudante do terceiro ano de Jornalismo na Uninter, decidiu compartilhar seu amor e conhecimento sobre o cinema e fundou o blog Sétima Sala em dezembro de 2018. Em 2020, o blog cresceu e virou um canal no Youtube, com sua primeira publicação em abril. Hoje conta com sete vídeos em que Patrícia analisa filmes populares.

Confira abaixo a entrevista que a blogueira/youtuber concedeu à Central de Notícias Uninter:

 

CNU: Quando e por que decidiu começar o canal?

Na verdade, o blog surgiu em 2018 com o objetivo de ser um hobby pessoal. Depois passamos a ver o blog com outros olhos e encarar como um trabalho, com cronogramas e metas. O canal faz parte disso, mas acredito que o fator impulsionador foi o fato de estarmos em isolamento social, e aproveitamos esse tempo em casa para produzir conteúdo de audiovisual. Meu marido, Marcio, é publicitário e produtor audiovisual, acabou entrando para o projeto e faz a parte de direção nos vídeos que vão para Youtube e IGTV, tudo de forma voluntária rs. Então, o primeiro vídeo do canal foi postado em abril.

CNU: Quando começou sua paixão por cinema?

Patrícia: O cinema é algo que sempre foi muito presente na minha casa, desde sempre. Final de semana em família era sinônimo de ir à locadora e alugar vários filmes, para então maratonar. Além de assistirmos, sempre conversávamos sobre a história. Passamos a acompanhar desde 2010 todas as cerimônias do Oscar e assistir a todos os filmes. Fazíamos “bolão” de qual filme ganharia cada categoria. Essa paixão aumentou e tomou outra proporção quando passei a estudar cinema. Tanto com a disciplina no curso de jornalismo, quanto com cursos voltados à área (Introdução ao cinema e Crítica de cinema). Por meio do cinema como um todo, é possível desenvolver senso crítico, empatia e fugir da realidade, bem como pensar na realidade, e acho isso incrível.

 CNU: Qual filme mais te marcou, e por quê?

Patrícia: Acredito que não tenha apenas um filme que mais me marcou, existem vários. Normalmente, depois que assisto levo um tempo para assimilar e me pego pensando sobre o que assisti, reflito mesmo. O filme que mais me marcou recentemente, embora o filme não seja recente, foi “A Árvore da Vida”, de Terrence Malick. Admito que chorei o filme inteiro, mas fiquei impressionada com a fotografia alinhada com o roteiro, e com todas as referências e significados por trás de cada cena e personagem. É um filme que, definitivamente, muita gente que assistiu, se não leu sobre a obra depois, pode ser que não tenha tido a experiência completa.

CNU: Três filmes que, para você, todos deveriam assistir.

Patrícia: Difícil pensar em apenas três. Mas, primeiro um filme nacional mais recente: “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho, extremamente bem feito e prestigiado fora do Brasil. Acredito que seja função de todo brasileiro prestigiar essa obra. “O Poderoso Chefão” (foto), de Francis Ford Coppola, e, se tiver tempo, a trilogia. Outro filme é “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick, um clássico. E abusando um pouco, incluindo uma 4ª obra para finalizar, um filme voltado para estética e direção de arte. Neste filme, o interessante é se atentar aos enquadramentos, opções estéticas, figurinos e paleta de cores: “O Grande Hotel Budapeste”, de Wes Anderson.

CNU: Jornalismo cultural é a área em que você pretende seguir?

Patrícia: Acredito que sim, mas também penso em seguir com política. Imagino que não sabemos o que nos aguarda, mas a editoria de cultura é algo que definitivamente me interessa. Gosto de pensar que ela é muito mais do que apenas uma agenda, gosto de pensar que ela diz muito a respeito de comportamento e relações sociais.

CNU: Quando e por que decidiu começar o canal?

 Patrícia: Na verdade, o blog surgiu em 2018 com o objetivo de ser um hobby pessoal. Depois passamos a ver o blog com outros olhos e encarar como um trabalho, com cronogramas e metas. O canal faz parte disso, mas acredito que o fator impulsionador foi o fato de estarmos em isolamento social, e aproveitamos esse tempo em casa para produzir conteúdo de audiovisual. Então, o primeiro vídeo do canal foi postado em abril.

CNU: Quais os planos futuros para o Sétima Sala?

Patrícia: Como comentei, encaramos o Sétima Sala com muita seriedade, nós duas trabalhamos e eu faço faculdade, mas sempre damos conta de arranjar um tempinho para alimentarmos esse sonho. No canal, por exemplo, já pensamos em conteúdos voltados para o público, e cada vez mais seguimos esse propósito de buscar um crescimento. Hoje produzimos para o blog críticas, sugestões de filmes e séries da semana, listas e nossas colunas: Olhar Local (busca dar visibilidade a filmes paranaenses), Roteiro Desmembrado (a ideia aqui é explicar todos os detalhes e referências de filmes mais complexos, como “Mãe”, de Darren Aronofsky) e Lentes Refletidas (com a ideia de falar de assuntos técnicos de audiovisual ou a respeito dos processos de produção). Além de Blog e Canal, também criamos conteúdo para o instagram buscando engajamento.

CNU: De onde surgiu a inspiração para o nome?

Patrícia: Na verdade, essa foi uma parte bem difícil, sou péssima para nomes e minha irmã também. Seguimos o básico: Sétima Arte, com a brincadeira de usarmos a Sala no lugar de Arte, para lembrar o espaço de cinema mesmo. Também buscamos um nome fácil, para as pessoas gravarem, embora muita gente confunda e fale “sétima arte” mesmo.

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Autor: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Divulgação e reprodução Youtube


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