O que fazer quando uma pandemia ameaça o Estado?

Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo

A pandemia de Covid-19 continua causando preocupações e mortes ao redor do globo. Esta situação pode causar mudanças em políticas de segurança, com impactos na vida dos cidadãos e nas relações internacionais.

Para debater o tema, o curso de Relações Internacionais (RI) da Uninter realizou uma live disponível aqui em sua página intitulada “Covid-19 – Um tema de segurança?”. O bate-papo contou com a presença da coordenadora do curso de RI, Caroline Cordeiro, e do coordenador do curso de Ciência Política, Lucas Massimo.

No início da transmissão, Lucas explicou ao público que, diferente de lives anteriores, esta transmissão teria uma abordagem mais teórica. Com isso, Caroline deu início ao bate-papo explicando o que faz um tema se tornar “de segurança”, baseando-se na sua pesquisa de doutorado sobre a Teoria de Securitização.

A teoria se baseia na percepção de um objeto e como ele pode trazer mudanças futuramente, percebendo a relação que possui com o estado e analisando diferenças e semelhanças, de acordo com cada país ou região. “Ao estudarmos o Covid, basicamente pensa-se que se medidas não forem tomadas, mais mortes virão, o que o torna um tema de segurança, que afetará as pessoas de formas diferentes em cada país, em um futuro próximo”, explica.

Dentro desse contexto, existem 3 etapas pelas quais esse objeto passa para chegar a ser um tema de segurança. São elas: não-politizado, politizado e securitizado. O primeiro é quando o tema não possui envolvimento com o Estado, mas é discutido na mídia e até em partidos políticos. O segundo é quando ele passa a ser uma preocupação do Estado que, para tentar resolvê-lo, promove políticas públicas, por exemplo. Já o terceiro acontece quando é percebido que o objeto se tornou uma ameaça ao Estado.

Seguindo na discussão, Caroline falou de como o Covid-19 está sendo tratado no Brasil, diferentemente de outros países. “Aqui no Brasil, vejo que apesar de todos os dados, explicações de diversos especialistas e mortes, o Estado ainda não percebeu o vírus como uma pauta de segurança, o que é um pouco perigoso”, diz.

Ao final da conversa, um espectador perguntou a respeito do protagonismo do Estado na questão da Covid, citando o exemplo dos Estados Unidos (EUA), que proibiram pessoas de algumas regiões do mundo a ingressarem no país. Caroline conclui dizendo que o melhor nesse momento seria que os Estados declarassem uma guerra à pandemia, adotando as medidas necessárias de forma mais direta e assertiva.

Para assistir à live completa, clique aqui.

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Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Alexandra_Koch/Pixabay e reprodução Facebook


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