Conferência da pós-graduação discute metodologias ativas no ensino híbrido

Autor: Gabriel Prado e Lucas Vasconcelos - Estagiários de Jornalismo

As metodologias na educação estão em constante processo evolutivo. Em tempos de isolamento social, é preciso rever estratégias de ensino. Mariane Kraviski, professora da Escola Superior de Educação da Uninterabordou o tema “Metodologias Ativas e Ensino Híbrido” em conferência realizada pela pró-reitoria de Pós-Graduação, transmitida ao vivo no dia 25.mai.2020, e disponibilizada na plataforma AVA Univirtus. A apresentação foi mediada pela professora Joice Martins Diaz, a convite de Patrícia Carla, coordenadora dos cursos de educação da Pós-Graduação da Uninter.

As metodologias ativas fazem com que os estudantes se tornem protagonistas de seu próprio aprendizado e que sejam mais autônomos. O professor atua como o mediador do conhecimento, fazendo os alunos participarem, pesquisarem, serem mais críticos e criativos.

Esse tipo de metodologia já era defendido por Paulo Freire, que criticava a educação tradicional, chamada de “educação bancária”, em que o professor que estava presente depositava o conhecimento nos alunos, sem fazer nenhuma reflexão.  “Hoje não é mais assim, trazemos a participação do estudante, fazendo-o ter voz ativa”, diz Kraviski.

Agora, como essas metodologias podem ser trabalhadas, se não estamos presencialmente com os estudantes? Segundo Mariane, o ideal é começar com perguntas desafiadoras, que envolvam alguma pesquisa. “Desafiar o aluno do outro lado vai fazer com que ele preste atenção no que se está falando. É sempre bom ter um roteiro do que vai ser trabalhado no dia, olhando diretamente para a câmera, pois assim eles terão contato visual”, completa.

Como a metodologia ativa pode ser utilizada?

Não importa se o sistema de aula é online ou presencial, as metodologias ativas podem ser igualmente utilizadas. Devido ao período de isolamento, naturalmente, o modelo a distância, com aulas online, está sendo mais utilizado. Uma combinação possível é o formato de ensino híbrido, que mistura atividades presenciais e a distância. Essa modalidade também é conhecida como blended learning ou semipresencial, já adotada pela Uninter.

Entre as principais estratégias do ensino híbrido, estão:

  • Sala de aula invertida: Como o nome sugere, o aluno internaliza os principais conceitos em casa e, em seguida, junto aos colegas, discute os temas estudados com o auxílio e orientação do professor.
  • Rotação por estações: técnica que consiste em formar distintos ambientes dentro da sala de aula e criar um circuito, permitindo que os estudantes discutam determinados conteúdos de diferentes formas, o que pode ser feito tanto presencialmente quanto em ambientes virtuais.

 Testando novas ferramentas

Em um segundo momento da transmissão, Mariane respondeu a dúvidas dos participantes, e deu vários exemplos e dicas para testar essas metodologias com mais facilidade. Por exemplo, o uso de aplicativos para os smartphones pode fornecer ferramentas para uma aula mais participativa. Exemplos destas ferramentas são os editores de vídeo e áudio, as redes sociais, grupos no WhatsApp e no Telegram. Ela também falou sobre realidade virtual aumentada e avaliação gamificada em modelos de ensino a distância.

O evento contou com uma audiência de mais de 500 alunos. “Foi maravilhoso ter participado, eu tenho um grupo de pesquisa na Uninter que se chama ‘Formar-se para formar’. Assim reforcei esse lado da pesquisa. Pude dar diversas dicas, tanto para a nova forma de aulas online quanto de livros que auxiliam nos estudos”, conta Mariane.

A professora Joice, que fez a mediação da palestra, declara: “Acreditamos no potencial do assunto, pois, mesmo após esse período de pandemia, o modelo híbrido será um modelo de ensino cada vez mais utilizado, assim como novas metodologias de ensino consideradas ativas e que utilizam aparatos tecnológicos bem como aplicativos que dão suporte a esse modelo de ensino aprendizagem”, conclui.

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Autor: Gabriel Prado e Lucas Vasconcelos - Estagiários de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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