Educa Brasil aborda inovações criativas através de startups

Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo

A mais recente edição do programa Educa Brasil, apresentado pela professora Dinamara Machado, diretora da Escola Superior de Educação da Uninter, foi ao ar na terça-feira, dia 26.mai.2020. Dando sequência a assuntos relacionados a ideias criativas, o assunto central foram as startups, empresas que visam desenvolver ou aprimorar novos modelos de negócio.

O convidado para falar sobre o tema foi Rafael Dubiela, professor-doutor na área de design e jogos digitais e proprietário da Luminos Technology, empresa de desenvolvimento de sistemas, aplicativos e games para instituições por meio de inovações.

“O Educa Brasil vem justamente para discutir essa questão do conhecimento, como as carreiras, as empresas foram montadas, para servir de exemplo, causar uma reflexão. Para que possamos ter, juntos, novas perspectivas a partir de um exemplo, uma realidade. Em momentos como esse que estamos vivendo, de isolamento social, um enfrentamento mundial de uma doença, precisamos pensar em nos proteger, mas também precisamos continuar economicamente ativos”, explica Dinamara.

Dubiela introduz o bate-papo fazendo uma viagem histórica, desde a “corrida do ouro” nos Estados Unidos, na década de 1840, até o surgimento do Vale do Sicílio no Estado da Califórnia (EUA) com uma concentração de empresas globais de tecnologia nos anos de 1980 e 1990, chegando nos dias atuais que entra em uma fase de aposta na realidade virtual. Segundo o especialista, a cada década há uma renovação financeira nesses projetos, que vão avançando de acordo com novas descobertas e maneiras de investimento.

O professor relaciona as mudanças atuais com este momento de pandemia. “Quando se fala na crise do coronavírus, que as startups estão em uma situação não tão boa como estavam há seis meses atrás, não é uma crise causada por essa situação. Ela já era anunciada, já se falava, a gente já vinha de uma crescente muito grande de investimentos e de ideias. As economias estavam crescendo em um movimento muito forte no mundo inteiro e em algum momento a gente ia ter um solavanco. Esse solavanco foi acelerado pela Covid-19, pela situação da pandemia, mas já era um final de ciclo anunciado”.

Com as transformações, Dubiela ainda apresenta dados de empresas que foram alavancadas ou acabaram quebrando, principalmente em Curitiba e regiões próximas. Pensando no cenário nacional, o empresário abordou a questão de o Brasil trabalhar no modelo contra estação, já que aqui “as coisas acontecem sempre depois ou do que acontece na Europa ou que acontece nos Estados Unidos”.

Para ele, isso pode demonstrar vantagens e desvantagens que também são debatidas durante a conversa, que também abordou mudanças nas formas de investimento, em que os investidores não apostam mais em ideias e sim a partir do faturamento que as empresas apresentam.

Dinamara reflete sobre as informações, enfatizando a importância da historicidade e dos dados apresentados por Dubiela. “É justamente para mostrar que as pessoas precisam aprofundar mais o conhecimento, sair de uma informação rasa que circula, aprofundar e produzir esse conhecimento para que, de fato, tomem iniciativas em suas vidas e na sociedade”.

No momento do programa chamado de “glossário”, o especialista pôde explicar alguns dos termos utilizados pelo mercado das startups, como ‘unicórnio’, que são empresas que valem mais de um bilhão de reais, e o ‘scale-up’, uma capacidade de crescimento de um produto, passando da escala local para nacional ou mundial.

Ele ainda falou sobre o investidor anjo, aquele que avalia o funcionamento de uma empresa e o que ela precisa para crescer, dando o empurrão inicial para o mercado, investindo de meio milhão até um milhão e meio de reais. Mas faz ressalvas sobre todo este dinheiro. “A startup não é um mundo de faz de conta, muito pelo contrário, é um mundo de grande responsabilidade. Você responde não só pelo emprego que você gerou, mas pelo investimento que você recebeu”, pondera.

Dubiela aconselha aqueles que querem ter ou já têm um projeto para começar: “Você precisa ter principalmente as bases sólidas para que daqui a cinco ou dez anos possa garantir que a sua empresa não tenha nenhum tipo de problema a ser resolvido. Tome muito cuidado com o como você começa, porque no começo é tudo muito rápido e muitas vezes não temos muito a visão do que vai ser. Às vezes uma decisão que você tomou errado lá atrás, vai te acompanhar o resto da sua vida”.

A live foi muito popular e já teve mais de 1.3 mil acessos. Assista ao bate-papo completo pelo Facebook ou canal do YouTube da Escola Superior de Educação da Uninter.

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Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Reprodução


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