Angelita, jovem contista, explica como criou paixão pela escrita

Miriã Calistro – Estagiária Jornalismo

‘’O casaco mais pesado do armário foi convidado a se retirar. Era preciso dar uma volta pela madrugada – não que quisesse, não que achasse que perambular por aí fosse melhor que ficar na cama, mas o telefone assim obrigou. E lá se foram os dois. O casaco preto combinava com a escuridão daquela noite sem estrelas. Nem a lua ela foi capaz de enxergar’’. Assim começa um dos contos de Angelita Borges, publicado em seu segundo livro chamado Agora já contei.

A capa rosa, com ilustrações de folhas lilás, além de convidativa, chama a tenção para a descrição logo abaixo do título, que diz: ‘’Pega uma xícara de café e senta aí. Vamos conversar’’. A autora, que de maneira amigável tenta cativar e se aproximar dos seus leitores, fala como quem quer, realmente, tomar café das 5 e conversar com um amigo.

A jovem contista explica que a paixão pela escrita começou muito cedo. Inspirada nas histórias do personagem fictício Sherlock Holmes, criado pelo escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle, passou a escrever aos 13 anos. ‘’O primeiro personagem que criei foi de um detetive, pois sempre pensei: se o Doyle consegue, eu também consigo’’. Apesar de nunca ter publicado, Angelita diz guardar com carinho os rascunhos de suas primeiras histórias.

O primeiro livro publicado, na época com 20 anos, foi inspirado no próprio blog intitulado Stella Devonne. O livro que carrega consigo o mesmo nome do blog, tem como personagem principal uma prostituta que se aventurava por Paris. ‘’A história da Stella se passa na década de 50 e se desenvolve em torno da vida dela e dos seus pensamentos. É um livro muito psicológico, onde a personagem passa por diversos problemas financeiros, mas encontra algo que parece ser a solução de todos os seus problemas. Porém, não passa  era tudo ilusão. Tentei descrever o cotidiano dela, mas de maneira poética’’, explica a jovem contista.

Hoje, Angelita é aluna dos cursos de LetrasPedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER e trabalha como professora de inglês. Ela conta que a escrita despertou em si outros desejos, como o de ensinar. ‘’Minha paixão pela escrita foi além. Como sempre gostei de literatura e de escrever, acabei tendo vontade de dar aulas. Acredito que para escrever é necessário talento, mas para colocar as ideias no papel, a técnica é fundamental. Daí o curso de Letras tem sido essencial na minha vida ’’, finaliza a escritora.

Edição: Andressa da Rosa

 

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