Um novo mundo pede novas formas de produção

Autor: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo

No dia 17.out.2020, aconteceu no canal oficial da Uninter no Youtube a Maratona Transformando o Mundo: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Foram mais de 12 horas de palestras organizadas pela Pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Uninter que abordaram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU. O décimo terceiro ODS propõe ações para combater as mudanças climáticas,  temática mais do que urgente em um planeta que, segundo a ONU, viu o número de catástrofes naturais dobrar nos últimos 20 anos em decorrência desse fenômeno.

O assunto foi tema de uma live com os professores Willian Salles e Sandra Lopes, mediada pela professora Oriana Gaio, coordenadora de pós-graduação na Uninter (assista ao conteúdo completo aqui), que apresentou os convidados e posteriormente trouxe perguntas dos ouvintes ao vivo.

Nos anos 1950, pesquisadores já começavam a alertar as autoridades sobre os efeitos da produção industrial no meio ambiente. “Hoje nosso planeta grita por socorro, nós estamos visualizando sinais importantes de que a coisa está caminhando para um lugar que não é bom. Já estamos sofrendo as ações daquilo que foi pensado pelos pesquisadores lá atrás. Chegou o tempo, estamos assistindo de camarote o que está acontecendo em relação ao aquecimento global”, comentou o professor Willian.

A produção em larga escala baseada na queima de combustíveis fósseis é a grande responsável pelas mudanças climáticas. Mas também a agricultura e pecuária contribuem para o agravamento da situação, pois, em nome da produção de commodities como soja e carne bovina, grandes áreas florestais são degradadas. O modelo que as grandes empresas ainda sustentam fazia sentido em décadas passadas. Hoje, representa o caminho para a extinção da vida no planeta Terra.

“As indústrias não querem investir nos processos de purificação do ar porque isso gera mais custos para elas. No curto prazo, não se sentem os efeitos [das mudanças climáticas]. Mas no longo prazo, com certeza o efeito é sentido. Existem países que são mais vulneráveis. Em especial os em desenvolvimento. Por estarem nesse estágio, têm um problema maior no campo da industrialização, utilizando tecnologia antiga que polui mais o ar”, explicou a professora Sandra.

Para enfrentar o problema das mudanças climáticas, o professor Willian apresentou o conceito de saúde única. O conceito observa a saúde em suas diversas especificidades e propõe um equilíbrio entre três tipos diferentes de saúde: a humana, a animal e a ambiental. As mudanças climáticas são causadas majoritariamente pela ação do homem, que destrói biomas inteiros, afeitando a vida animal e o meio ambiente. Enquanto não se levar em consideração a correlação entre as formas de saúde, não se solucionará a questão.

O prognóstico dos professores é assustador. “Até o final do século 21 terá um aumento de 3 graus na temperatura. Isso é muito significativo. Vai aumentar o derretimento de geleiras, o que vai aumentar o volume dos oceanos e mudar o comportamento de animais que vivem nesse habitat. O oxigênio não vem apenas das florestas, vem do mar. Todo esse sistema será alterado”, adverte Sandra.

“A mudança climática causa vários impactos ao longo de todos os processos. Não é só aumentar a temperatura. Isso vai influenciar em todas as escalas de vida, em todos os mecanismos. Desde a economia até o meio ambiente, está tudo interligado”, finalizou Willian.

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Autor: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Ioannis Ioannidis/Pixabay


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