Cooperação é a chave para um mundo mais sustentável

Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo

Parcerias e meios de implementação é o tema do 17º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Esse tópico específico da Agenda 2030 retoma todos os outros 16 objetivos e busca “fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”, conforme explica o professor José Caparros Junior, tutor de cursos da pós-graduação da Uninter.

Segundo o professor Ricieri Garbelini, coordenador dos cursos de pós-graduação na área de Relações Internacionais, o importante nesse sentido são as trocas de experiências. Essa mobilização por busca de parcerias serve para entender o que está sendo feito de bom em algum local e assim implementar em outros espaços. Mas é necessário pensar o cenário internacional atual.

Em todo o planeta, existem muitos países com vários idiomas, pessoas, culturas e valores diferentes. Quando a Agenda 2030 foi selada, no dia 25 de setembro de 2015, foi necessário pensar numa forma viável de colocar os ODS’s em prática em todos os cantos do mundo. Pensando nisso, surgiu a ODS 17: “A essência é a cooperação entre os povos”, afirma Caparros.

Para que isso se torne possível, o profissional pontua como fundamental que as cooperações sejam realizadas em uma relação norte-sul e sul-sul. Isso quer dizer que os países do hemisfério norte, mais desenvolvidos, precisam cooperar com os do sul, que estão em desenvolvimento. Assim como países do sul têm que cooperar entre si.

Um exemplo, citado por Caparros, é a vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford. A Inglaterra vem avançando os estudos em parceria com outros países, como a indústria farmacêutica AztraZeneca, na Suíça, e também com o Brasil. Essa é uma parceria norte-sul que têm dado bons resultados.

“O Brasil ainda é um país grande, a gente está entre os maiores PIBs do mundo. Às vezes a gente acha que somos um dos que estão atrás, mas se olharmos para trás, vemos uma galera que está mais para trás ainda. É essa sensibilização que a ODS 17 quer trazer”, ressalta o professor.

A ODS 17 está dividida em 19 metas, que foram subdivididas em cinco eixos.

1. Finanças: De acordo com Garbelini, esse é um dos pontos mais importantes, pois “ele gera a ideia de mobilização de recursos internos, inclusive de meios de apoio internacional, aos países desenvolvidos. E para melhorar a capacidade nacional de arrecadação e outras receitas. Um dos grandes objetivos é justamente tentar mobilizar esses recursos financeiros para fazer com que essas outras 16 ODS’s aconteçam.

2. Tecnologia: A ideia é operacionalizar um banco de tecnologia. É a concentração de tudo o que está sendo desenvolvido de bom para que outros locais que precisam também tenham acesso e repliquem.

“Esse processo de internacionalização da educação, a Uninter está investindo pesado. A gente está dentro de um processo de internacionalização muito forte. Está com polos fora, tem acordo com vários países e instituições lá fora, para fazer troca de conhecimento, de pesquisa científica, uma série de trocas”, lembra Caparros.

3.Comércio: Garbelini conta que esse é o ponto em que as pessoas mais trabalham. O objetivo é que exista uma promoção multilateral e um comércio universal, baseado em regras para que não seja algo discriminatório. Um dos interesses é promover a exportação de países subdesenvolvidos. “E principalmente, que a gente tenha acesso a mercados livres, cotas, taxas, de uma forma duradoura”, completa o professor.

4.Questões Sistêmicas: Esse eixo tem três divisões: coerência da política institucional; parcerias multisetoriais; dados, monitoramento e prestação de contas. Os objetivos é que as políticas de cada Estado estejam unidas e dialogando em suas diferenças, que as cooperações ocorram além de países com países, mas também de um país com uma empresa, por exemplo. E, por último, que dados sejam coletados para que se consiga mensurar o que está dando certo ou não.

“Nesse último o Brasil tem um papel bem legal. O IBGE faz um papel de capacitação com alguns Estados da África, justamente para eles conseguirem coletar os dados de forma correta, sobre todas as ODS’s. Já é uma parceria que agora nós estamos oferecendo”, ressalta Caparros.

5.Capacitação: Segundo Garbelini, é o eixo com o qual os países mais precisam se preocupar, cooperando na capacitação para que todos possuam as mesmas possibilidades de colocar em prática todas as ODS’s e concluir os objetivos com sucesso até 2030.

“A gente só vai conseguir dar contar desse recado, evoluir, se cooperarmos uns com os outros”, completa Caparros.

Os profissionais abordaram o assunto na última live da Maratona Transformando Nosso Mundo, intitulada Parcerias e meios de implementação. A transmissão foi realizada através do canal do Youtube do Grupo Uninter e mediada pelo professor Willian Sales.

Ao final, os professores Nelson Castanheira, Oriana Gaio e Sandra Lopes fizeram um encerramento do evento. Eles ressaltaram a excelente organização e a união de todos os profissionais que tornaram as palestras possíveis, assim como a participação de todos que assistiram e se fizeram presentes através do chat.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Henning Westerkamp/Pixabay


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *