Água e saneamento básico para todos, dois objetivos no horizonte brasileiro

Autor: Valéria Alves – Assistente Multimídia

A água potável – que é considerada toda água adequada para o consumo humano – é essencial para a nossa vida, assim como o saneamento, responsável pelo gerenciamento de resíduos sólidos, tratamento do esgoto, entre outros serviços. Fornecer água e saneamento adequados à população é ainda um grande desafio para milhares de cidades do mundo, de modo que “Água Limpa e Saneamento” é o 6º dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015.

A expectativa para 2030, de acordo com esse ODS em específico, é “assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos”. Essa é uma meta universal, mas para que possamos alcançá-la, é importante também olharmos para a nossa realidade mais próxima e termos consciência dela, para que assim consigamos visualizar como estamos caminhando em relação a esse objetivo.

Em palestra realizada pela Maratona Transformando o Mundo: Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no dia 17.out.2020, o professor da Uninter Marcos Melasque apresentou os dados do Indicador 6.1.1, referente à “Proporção da população que utiliza serviços de água potável gerenciados de forma segura” em nosso país (confira a tabela aqui).

Segundo essas informações, o número total de pessoas que recebia água potável no Brasil em 2016 era de 97,9%, número que passou para 98,2% em 2018. Por outro lado, a professora Márcia Kravetz Andrade trouxe dados divulgados pelo Atlas Esgoto referente ao volume de esgoto que é gerado por dia no Brasil, sendo o equivalente a 9,1 toneladas.

Além disso, o esgoto de 18% da população é coletado sem tratamento, e 27% não possuem tratamento e nem coleta. Ou seja: não possuem serviço de saneamento básico em suas residências. Ainda, 12% utilizam de fossa séptica. “Para onde isso está indo? Para os nossos recursos hídricos, rios, lagoas e mares? O que estamos fazendo para diminuir essa porcentagem?”, questiona Márcia.

De acordo com a professora Sandra Lopes, esse ODS é importante para refletirmos sobre a dimensão do problema para o mundo como um todo.

“Vamos pensar em uma cidade que possui um milhão de habitantes. Se 1% se preocupar com a reutilização da água e fizer uma captação, quanto já não vai ajudar? Transformamos nossos hábitos todos os dias para que a gente possua qualidade de vida agora e tenhamos condições de preservar o hoje para que alguém usufrua amanhã. Isso é desenvolvimento sustentável”, diz Sandra.

Ainda quanto às políticas públicas, a professora Márcia ressalta a importância de sermos participativos e cobrarmos iniciativas e o aceleramento de obras, para que assim possamos cumprir o objetivo proposto pela ONU.

“Quando estamos falando do saneamento não estamos falando somente do esgoto, mas dá água também, pois ela é muito importante para nós, para a flora e a fauna. Nós temos os objetivos para cumprir até 2030, então nós temos 10 anos. Será que vamos conseguir? Como podemos contribuir para essas ações?”, diz ela.

Juntamente com a Água Limpa e o Saneamento, outras questões essenciais para o nosso desenvolvimento estão inclusas nos chamados ODS, que possuem como meta a melhoria global da qualidade de vida de todos até o ano de 2030. São elas: A Erradicação da Pobreza, Fome Zero, Boa Saúde e Bem-estar, Educação de Qualidade, Igualdade de Gênero, Energia Acessível e Limpa, Emprego Digno e Crescimento Econômico, Indústria, Inovação e Infraestrutura, Redução das Desigualdades, Cidades e Comunidades Sustentáveis, Consumo e Produção Responsáveis, Combate às Alterações Climáticas, Vida de Baixo D’água, Vida sobre a Terra, Paz, Justiça e Instituições Fortes e Parcerias em Prol das Metas.

Para assistir à palestra na íntegra e saber mais informações sobre o assunto, acesse o link clicando aqui.

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Autor: Valéria Alves – Assistente Multimídia
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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