Saber gerenciar o tempo ajuda a ser mais eficiente e reduz o risco de doenças

Autor: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo

Vivemos em um momento marcado pela exigência cada vez maior de entrega na vida profissional. Casos de estresse, doença de burnout, depressão, entre outras doenças relacionadas à saúde mental se tornam corriqueiras em uma sociedade que supervaloriza o trabalho.

A boa notícia é que existem técnicas e métodos que podem auxiliar a busca por uma melhor saúde mental e reduzir a ansiedade causada pelas cobranças excessivas. Recentemente, no canal do curso de Gestão de Recursos Humanos no Youtube, as professoras do curso de Coaching e Desenvolvimento Humano da Uninter Ana Paula Escorsin e Erica Gisele Lotz realizaram um bate-papo sobre a gestão da energia pessoal, tendência que amplia o entendimento de gestão do tempo. Você pode acessar o conteúdo clicando aqui.

“A gestão do tempo é fundamental de ser realizada para que possamos focar nossa ação naquilo que deve ser feito. Nada mais desnecessário do que fazer bem feito aquilo que não precisaria ser feito naquele momento. Acontece que só a gestão do tempo não tem trazido todas as respostas das perguntas feitas em relação à produtividade na empresa, mas também em outras áreas da vida, como satisfação pessoal, lazer, aprendizado e cuidar do físico”, explica a professora Erica, que também atua como mentora de capital humano da EOS Inovação na Advocacia.

Energia pode ser entendida como a capacidade que um corpo tem de entrar em movimento e realizar uma ação ou trabalho. A professora Ana Paula explica que existem vários tipos dela. A energia física é equilibrada com a inserção de práticas saudáveis na rotina. A energia mental consiste em saber o que é preciso fazer para se estabelecer prioridades. A energia espiritual é alimentada por atitudes que façam bem para seus valores. A energia emocional é potencializada ao cultivar emoções positivas.

Por causa desses setores interdependentes, a gestão do tempo, embora seja uma ferramenta importante, se torna insuficiente. “O tempo é um recurso finito. Se focarmos apenas na gestão do tempo a tendência é simplesmente produzir, produzir, produzir. Ou seja, aumenta-se o tempo de trabalho e a pessoa acaba deixando outros setores de lado, deixando de fazer uma caminhada, por exemplo. Isso faz com que a energia diminua e não é sustentável, vai chegar em um ponto em que a pessoa não aguenta mais”, explica Erica.

Escorsin pondera que a falta de equilíbrio na gestão da energia pessoal contribui para uma sensação de insatisfação e pode até causar problemas de saúde. “Quanto mais a gente faz, parece que menos estamos fazendo. Angústia de que o dia escapou e não se fez nada. Gera crise de ansiedade. Parece que o mundo do trabalho invadiu a vida pessoal. Pessoas comentam que elas não se sentem fazendo nada. Bagunça nos horários de refeição e de dormir”, comenta.

Planejamento, atenção plena e autocuidado fazem a diferença na rotina. “Estar ocupado não é o mesmo que estar produtivo. Por isso é importante cuidar da energia mental, que é ter a clareza de tudo que você precisa fazer durante o dia, semana, mês. Às vezes nos sentimos numa rodinha de hamster, correndo sem sair do lugar. Um post it e uma parede podem fazer milagres por você”, propõe Erica.

Entendendo melhor a procrastinação

Quem nunca deixou de fazer uma atividade importante mesmo que isso representasse uma perda de produtividade? Segundo a professora Erica, a procrastinação é inerente à natureza humana. “A procrastinação é algo natural ao ser humano. Não existe ninguém que não procrastine, porque ela está relacionada à vontade do momento. Vamos imaginar, eu decido que quero voltar a fazer uma pós-graduação na sexta-feira. Na segunda, o dia lhe atropela com as obrigações e você se cansa, desiste de procurar o curso porque acha que não vai dar conta”, explica a professora convidada.

O importante nesse momento é não se julgar. Entender qual sentimento origina a procrastinação é um caminho para superá-la e cumprir seus objetivos. “A procrastinação em tomar uma decisão pode vir porque ao tomar essa atitude você pode perder algo que se considera importante, ou vai sair da sua área de conforto e precisar desenvolver uma série de habilidades que não eram da sua vontade fazer naquele momento”, comenta Erica.

Para lidar com essa situação, Erica ensina a “lei dos dois minutos”, que incentiva a produtividade seguindo a premissa de não adiar qualquer coisa que possa ser resolvida em menos de dois minutos. Por exemplo: você tem uma dúvida sobre um relatório. Enviar uma mensagem para seu colega de trabalho que irá saná-la pode levar menos de dois minutos. O MPV (Mínimo Progresso Viável) é uma forma de pensar as tarefas dividindo sua execução em pequenos passos. Isso também ajuda a não procrastinar.

Estas são algumas das causas mais comuns para a procrastinação:

1 – Falta da clareza de como executar a tarefa.

2 – Não ter a habilidade necessária para lidar com a tarefa

3 – Excesso de perfeccionismo

4 – Ausência de propósito na tarefa

5 – Não ter uma data específica para conclusão do que precisa ser feito

“A gestão da energia passa pela organização. Organizar-se é um presente do eu atual para o seu eu do futuro. Quando nos organizamos, priorizamos, categorizamos as atividades, temos que pensar nos ganhos e perdas daquela situação e se o seu eu do presente está tomando uma boa decisão para o seu eu do futuro”, finaliza.

A professora Erica Lotz está todas as segundas-feiras, às 16h, no programa Talento em Foco da Rádio Uninter, que você pode acessar tanto pelo Facebook quanto pelo site oficial da rádio.

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Autor: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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