Os bancos de sangue precisam da nossa ajuda!

Autor: Fillipe Fernandes - estagiário de jornalismo

A doação de sangue é um ato voluntário essencial para a sobrevivência de milhares de pessoas que passam por procedimentos cirúrgicos todos os dias. Quem doa sangue regularmente, o que costuma demorar menos de uma hora e não custa nada, salva a vida de alguém que está em grande necessidade.

O mês de junho é caracterizado pela cor vermelha para reforçar a importância desse tema, sendo o dia 14 considerado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no ano passado, 1,6% da população brasileira doa sangue. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que para manter uma boa quantidade de sangue disponível, de 1 a 3% da população de um país devem ser doadores.

A médica Eline Troian, do setor de Saúde Ocupacional da Uninter, reforça a necessidade da colaboração de toda a sociedade com essa meta. “Muitas pessoas dependem de uma transfusão de sangue ou derivados para continuar vivendo, tendo em vista que o sangue é insubstituível, e sem ele é impossível viver. Doar sangue é um ato de amor que salva vidas. Uma única doação pode salvar até quatro vidas”.

Todos os anos, no inverno, as doações tendem a cair. Por isso a campanha ocorre nessa época do ano, embora os bancos de sangue sempre precisem de doação independentemente do período. “Existe uma carência muito grande nos estoques dos bancos de sangue e devemos sempre ter em mente que apenas uma pessoa pode necessitar de muitas bolsas de sangue, assim, os estoques se vão rapidamente e precisam ser constantemente repostos”, explica Eline.

O sangue corre nas veias de todos, mas em alguns casos não se pode doá-lo. Eline comenta que as restrições podem ser temporárias ou permanentes. Pessoas em bom estado de saúde podem doar sangue sem problemas. “Existem protocolos que definem quem pode ou não doar sangue, que serão analisados no banco de sangue antes da coleta. Alguns impedimentos são definitivos, tais como: idade (tem que estar entre 16 e 69 anos), peso (obrigatório pesar mais que 50 kg), evidências clínicas ou laboratoriais de doenças transmissíveis pelo sangue tais como Hepatites, AIDS, doença de Chagas ou ser usuário de drogas ilícitas injetáveis”.

Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente. No caminho da inclusão, o STF (Supremo Tribunal Federal) recentemente derrubou uma regra que impedia pessoas LGBT de doarem sangue. A orientação sexual e o gênero da pessoa não são fatores que interferem na doação. “Desde que a pessoa tenha bom controle de sua saúde e não sofra de nenhuma doença ou estado de saúde que contraindique a doação, qualquer um pode e deve doar sangue”, diz Eline.

Mesmo estando dentro da porcentagem indicada pela OMS, o Brasil ainda tem condições de melhorar os índices de doação. O junho vermelho chega para desmistificar algumas crenças da população que prejudicam a melhora do quadro. Doar sangue não altera o estado do seu sangue após a doação, quem está de dieta, fumantes ou fazendo tratamento homeopático também pode doar sangue sem medo. Durante a pandemia, medidas de segurança estão sendo tomadas para proteger os doadores. Localize o banco de sangue mais próximo de você clicando aqui.

Eline explica que é preciso atentar à frequência das doações, que é limitada. “A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações anuais para mulheres, em virtude destas sofrerem mensalmente uma perda sanguínea pela menstruação. O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e três meses para as mulheres”, finaliza.

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Autor: Fillipe Fernandes - estagiário de jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pranidchakan Boonrom/Pexels


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