O que farão com o seu rastro na internet?

 

Denise Becker – Estagiária de Jornalismo

Você já parou para pensar na variedade gigantesca de informações que geramos e fornecemos todos os dias sobre nós mesmos no mundo digital? Internet banking, serviços de busca online, compras online, perfil nas redes sociais. Os dados do seu smartphone ou computador pessoal, quando conectados à rede, são capturáveis e decodificável.

Há ainda os eletrônicos “vestíveis”, como óculos ou o relógio que mede as batidas do seu pulso e conta até os passos que você dá. Tudo isso gera dados que precisam ser analisados. O Big Data vem para decupar, minerar, essas e outras informações que circulam a todo momento entre pessoas e equipamentos. Mas como analisar esses dados, que ferramentas utilizar e que perguntas fazer para os dados que estão ali?

Para desvendar um pouco das transformações do mercado e seus impactos futuros, a coordenação do curso de Gestão Comercial do Centro Universitário Internacional Uninter promoveu a palestra “O futuro do marketing: Big Data e análise de sentimentos via web como ferramenta de potencialização de desempenho das organizações”, no dia 26.

Para a coordenadora de Gestão Comercial nas modalidades de educação a distância e semipresencial da Uninter, Mariana Monfort, o caminho agora é a interdisciplinaridade. “As discussões na área de vendas, o gestor comercial, o profissional de marketing e o próprio publicitário não trabalham mais sozinhos, eles dependem de outras áreas para conseguir trabalhar, principalmente do cientista da computação”, diz sobre o Big Data e o futuro do marketing.

Mais contundente é o pesquisador em marketing e linhas de consumo Filipe Steiner, brasileiro que há 10 anos vive na Espanha e se dedica ao doutorado em Ciências Econômicas e Sociais na Universidade de Granada. “O Big Data vem para gerir essa avalanche de dados e ajudar as empresas a entenderem essas informações e produzir melhores produtos, serviços e experiências aos consumidores”, acredita ele.

O fato é que o assunto é novo no Brasil e aponta o futuro do marketing. “Sempre procuro trazer para os alunos da Uninter essas perspectivas do marketing e tudo que está sendo feito e vislumbrado para o futuro dessa ciência. O Big Data está presente no dia-a-dia, não se escapa mais”, diz Mariana.

As discussões sobre o Big Data estão avançadas em alguns países. Filipe avalia que no Brasil o tema é presente, tem um longo caminho e precisa ser discutido de forma massiva. Ele explica que deixamos um rastro ao comprar um produto ou usamos um serviço, ou mesmo quando curtimos algo nas redes sociais. “Esse rastro de internet precisa ser compilado e transformado em conhecimento. Além disso, no fim da cadeia de produção ele tem que ser um valor, tanto para a empresa quanto para o cliente”, diz.

O assunto chamou atenção dos estudantes que estiveram no auditório do campus Garcez para a palestra. Os organizadores do evento se prepararam para receber cerca de 150 pessoas. Também foi disponibilizado o link para transmissão no Youtube. Mariana recebeu e-mails de alunos de vários estados interessados em assistir pelo canal.

Quem quiser pode ver o arquivo da transmissão ao vivo, disponível no canal do Grupo Uninter clicando aqui.

Edição: Mauri König

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