Mestrado em Direitos Humanos garante experiência a jornalista egresso da Uninter

Autor: Barbara Carvalho - Jornalista

O mestrado é uma etapa essencial para a carreira de profissionais que visam trabalhar com pesquisa e aos que também sonham em lecionar na sala de aula. De suma importância na hierarquia dos graus acadêmicos, ocupa a segunda posição ascendente em questão de importância na qualificação. E quando essa especialização ocorre em um outro país, a relevância no currículo ganha destaque.

Foi isso que aconteceu com Diogo Cavazotti Aires, 39. Natural de Florianópolis (SC), o jornalista é egresso da especialização em Jornalismo Digital da Uninter, no polo Tiradentes, em Curitiba (PR) entre os anos de 2010 e 2011. “Foi e ainda é difícil o jornalismo se adaptar ao modelo virtual. Resolvi estudar melhor o assunto”, conta.

O interesse pelo jornalismo surgiu logo cedo. Diogo fez estágios nos jornais dos colégios nos quais estudou. Profissionalmente, apresentou um jornal na TV Educativa e, após uma onda de demissões devido à mudança de governo, foi buscar novas oportunidades. Acabou conhecendo e se interessando pela oportunidade da bolsa de estudo de mestrado em direitos humanos, na Colômbia.

“Quando trabalhei em um jornal impresso diário, esse era o meu tema predileto. Cobri muito tema como pedofilia, desaparecimento de criança, direitos de pessoas albinas e por aí vai. Eu sou voluntário em uma ONG colombiana que ensina muitas coisas, inclusive direitos humanos. Também dei aulas sobre direitos humanos para o exército colombiano. Deveríamos ter algo parecido aqui [no Brasil]”, relata Diogo.

Entre 2019 e 2021, o jornalista teve a oportunidade de cursar o mestrado em Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário na Universidade Católica da Colômbia, na capital Bogotá. Durante a experiência colombiana, Diogo pôde conhecer mais sobre a cultura local e também sobre situações recorrentes na América Latina. Uma delas foi relativa à falta da educação sexual que ocorre nos países, e como a falta dela pode aumentar a pobreza nesses locais. “É um tema relativamente simples, presente em muitas famílias, diz respeito ao nosso corpo e pouca gente sabe detalhes sobre como ele funciona”, expõe.

O estudante também foi um dos 80 selecionados, entre mais de mil candidaturas, ao primeiro curso de direitos humanos da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), em 2020. Em seguida, a instituição lançou uma bolsa de investigação jornalística com 80 inscrições de profissionais de todo o grande continente, em que apenas três inscritos foram contemplados, sendo Diogo o único brasileiro.

“Eu achei que não ia dar certo. As entrevistas foram difíceis e coletivas. Tinha muita gente boa envolvida. O resultado foi uma surpresa, e o curso foi muito esclarecedor. Por mais que o mestrado tenha explicado muito, ter contato direto com juízes e juízas ajudou muito. É ótimo saber como funcionam os procedimentos jurídicos e de direitos humanos na nossa região. Saber que a espera pode ser longa, mas, muitas vezes, a justiça aparece”, comenta o egresso.

Com o jornalismo investigativo, Diogo escancarou uma realidade com necessidade de mudança em sua reportagem Gravidez na adolescência afeta o desenvolvimento da América Latina (leia aqui). “Por meio do jornalismo investigativo, evitamos algumas violações de direitos humanos na região. É mais um dos impactos que a carreira de jornalista nos proporciona”, declara.

O interesse pela pesquisa o levaram a subir mais um degrau na qualificação profissional e acadêmica. Hoje, prestando doutorado em Educação na Universidade do Estado de Santa Catarina, Diogo continua a fazer de sua experiência uma voz para a denúncia de direitos violados no continente.

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Autor: Barbara Carvalho - Jornalista
Edição: Arthur Salles


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