Especialista dá dicas para consumidor evitar fraudes financeiras na rede

Mais de 12 milhões de consumidores já sofreram alguma fraude financeira nos últimos 12 meses, indica pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).  Entre as dificuldades enfrentadas pelo consumidor, a principal é o fato de ele não saber quando um site é confiável e seguro para transações financeiras.

O coordenador do curso de Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital da Uninter, Daniel Cavagnari, explica que a criptografia de dados hoje não é mais um diferencial para a segurança nos negócios digitais, é uma obrigação, mas não protege por completo o usuário. Por isso, é importante adotar alguns cuidados ao fazer compras pela internet. O especialista cita algumas medidas que podem evitar transtornos:

1 – Verifique se o nome da página condiz com a loja ou é um composto similar.

2 – Pesquise sobre a loja em sites como o Reclame Aqui. Por mais bonita e mais bem desenhada que seja a loja, a tradição e seriedade estarão registradas. Muitos fraudadores criam lojas para vender, receber, nunca entregar e depois desaparecem. Os lesados sempre deixam registros.

3 – O link que aparece na barra de endereço deve começar sempre com https (e não http somente), indicando que as informações vistas e digitadas são criptografadas.

4 – Evite fazer compras em que seu computador ou celular esteja conectado em uma rede wifi pública, como em bares e restaurantes. Para isso, use sua rede doméstica ou a rede 3G ou 4G do celular.

5 – Prefira os cartões de crédito virtuais, controlados por aplicativos no celular. As operações são controladas em tempo real e muitos deles criam cartões virtuais que mudam a cada compra se o usuário preferir, ou então dão a opção de bloqueio pelo próprio dispositivo.

6 – Nunca e de forma alguma armazene os dados do cartão de crédito para otimizar compras futuras. Por exemplo, recentemente houve um caso de uma loja de moda que foi invadida e todas as contas e senhas dos clientes foram capturadas. Na mesma loja foi possível desde usar os cartões armazenados até solicitar cartões da própria loja, entregando-os para laranjas dos fraudadores. Os endereços de e-mail e senhas também serviram para a prática de ransomware.

7 – Cuidado com os boletos digitais. Existem aplicativos hoje que burlam os arquivos e alteram os dados de pagamento. Para confirmar isso, sempre preste atenção aos dados contidos no boleto e nos dados que aparecem no banco no momento da operação.

Segundo o especialista, que coordena o curso de Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital da Uninter, há algumas fraudes mais comuns e que atingem todo o tipo de público, desde os mais novos e conectados até os mais velhos e conservadores. Vale conhecer quais são elas para redobrar os cuidados nestes casos:

Promoções por e-mail: Existem muitos e-mails que apresentam prêmios ou ofertas tentadoras, mas muitas vezes são falsos. É importante que as pessoas prestem atenção a esse tipo de mensagens, que geralmente possuem defeitos de edição (qualidade) e muitas vezes erros gramaticais, típicos de pouca escolaridade ou de estrangeiros fraudadores.

Para evitar tentativas de golpe, é importante prestar atenção ao remetente da mensagem ou verificar o atalho a que se destina. Geralmente aponta para URLs estranhas e desconexas. Exemplo: “Clique no link e acesse a promoção da loja “xyz”. Em vez de “xyz.com.br”, vemos “http://wyut.net/fffg” etc.

Ofertas em banners, sites ou redes sociais: Deve-se prestar atenção aos preços oferecidos e principalmente ao site que foi direcionado. Muitas vezes, pode se parecer com o site da loja oficial e até ter nome similar, mas trata-se de fraude. Exemplo: “promodalojaxyz.com” em vez de “xyz.com”.

O famoso hoax (embuste): É aquela mentira que parece uma verdade, geralmente histórias dramáticas, com apelo sentimental, campanhas filantrópicas. Uma fake news que orienta sua forma de pensar.

Ransomware: São apps que se instalam no computador de forma oculta, geralmente por conta de um site acessado por links de promoções falsas — justamente para obter informações pessoais do usuário. Como consequência, o fraudador entra em contato e pede dinheiro para liberar o computador ou para não divulgar informações.

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Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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