Ensino do português ajuda na inclusão social de haitianos no Rio Grande do Sul

Alysson Moura – Estudante de Jornalismo

As salas de aulas em Santa Rosa (RS) estão sendo frequentadas cada vez mais por estrangeiros em busca de aprender o português. O polo local do Centro Universitário Internacional Uninter desenvolve um trabalho de alfabetização de 40 alunos imigrantes que vivem na cidade. Além de ensinar as regras gramaticais e a pronúncia correta, o trabalho ajuda os estrangeiros na ambientação e inclusão social, tornando algumas atividades do cotidiano mais simples.

As professoras Paula Reis e Maristela Gripp, do curso de Letras da Escola Superior de Educação da Uninter, descreveram essa experiência durante o 11º Congresso Internacional da Sociedade Internacional de Português Língua Estrangeira (Consiple), realizado de 3 a 5 de dezembro em Salvador (BA). Elas trocaram conhecimentos nesta área com pesquisadores nacionais e internacionais da área de Português como Língua Estrangeira (PLE).

“Nossa passagem pelo congresso foi muito válida. Já estamos planejando cursos de extensão e de capacitação para professores que desejam atuar na área PLE”, diz Paula Reis. Ela é a coordenadora do curso de Letras EAD da Uninter.

A ideia inicial da equipe da instituição em Santa Rosa era ensinar palavras de um vocabulário mais voltado para as atividades profissionais e saudações, mas com o tempo foi se abrindo espaço para outras atividades, como leitura e escrita. Além das aulas de português, os haitianos realizam atividades recreativas, como prática de esportes, música, espiritualidade e informática. Todas as atividades são coordenadas e mediadas pelos professores.

Para a professora e coordenadora do polo, Jaqueline Boz, a chegada dos haitianos tem mudado a cara da cidade. “As aulas de português para esses alunos estrangeiros são um passo importante para a conquista da cidadania e interação social”, comenta. Maristela, por sua vez, diz que os professores envolvidos no projeto pretendem dividir a turma em níveis em 2017, já que alguns alunos estão bem adiantados.

Para a professora, que conheceu o projeto através de um workshop sobre educação promovido pela Uninter em Santa Rosa, foi bom perceber que esta iniciativa está ajudando os alunos de alguma forma. “Foi uma oportunidade fantástica ouvir dos alunos o quanto essa iniciativa tem mudado a vida deles para melhor! É muito bom saber que estamos fazendo parte desse processo, mesmo de longe”, afirma Maristela.

Edição: Mauri König

 

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