Os 458 anos do gênio Galileu Galilei

Autor: Hugo Henrique Amorim Batista*

O mês de fevereiro nós traz um aspecto distinto em relação aos outros meses do ano. Não por ser o mês mais curto dentre todos os meses ou o responsável pelo dia 29, quando se tem o ano bissexto, mas temos registro do nascimento de uma das mentes mais brilhantes, responsável por diversas mudanças científicas e revolucionárias. Falamos de Galileu Galilei.

Em 15 de fevereiro de 1564, em Pisa, na Itália, nasce Galileu Galilei. Essa criança não sabia o que o futuro lhe aguardava, porém, seus feitos foram memoráveis em sua época e avançaram até a atualidade. A ciência de hoje é a ciência pré-estabelecida no século XVII, conhecida como Revolução Científica. Mas por que ela impactou tanto a ciência?

Para se entender a importância da forma de se pensar que se consolidou no século XVII para a história do pensamento científico (tal como o século XX com a mecânica quântica), é necessário saber o que se entendia por “ciência” até então e quais foram os elementos que apareceram na Modernidade e que contribuíram para tal revolução.

Na Grécia, a ciência (conhecida como epiderme) se concentrava em descrever fenômenos terrestres e uma interpretação de fenômenos celestes, ou “cosmos harmônico”. Algumas das preocupações eram vinculadas a princípios metafísicos, como “potência” ou “substância”. Com o Renascimento Cultural na Europa, nos séculos XV e XVI, o cosmos passou a “surgir”.

A concepção antiga advinha de Aristóteles, com uma esfera celeste longínqua e fechada, mas com essa mudança de conjectura, Kepler, Galileu, Brahe, Newton e outros, já tinham a ideia de um Universo Infinito, que iria além do que poderia ser observado pelos nossos olhos, com uma sistematização de equações e leis, que poderiam justificar os mecanismos de como descrever a natureza.

De fato, diversas mentes atuantes em diferentes gerações, com as mentes posteriores podendo se basear em resultados e hipóteses de mentes que vieram antes de seu tempo, consolidou a ideia de que observação, experimentação e formulação de uma explicação teórica e matemática, nos desse formas e mecanismos para compreender a natureza e suas leis, construindo o alicerce da ciência moderna.

Galileu o primeiro a apontar um telescópio para o céu noturno (não o inventou, só o aperfeiçoou) quando descobriu os quatro maiores satélites de Júpiter (conhecidos como galileanos), sendo eles: Io, Europa, Ganimedes e Calisto, gerando uma quebra de paradigma, comprovando que a teoria de Nicolau Copérnico (Heliocentrismo) estava correta, enquanto teoria de Claudio Ptolomeu (Geocentrismo) já seria ultrapassada com o aprimoramento da ciência.

Confirmou as fases de Vênus, observou Saturno e seus anéis (mesmo sem compreender o que eram), realizou a observação e análise das manchas solares, entre outras contribuições à astronomia.

Na física, desenvolveu uma ampla diversidade de experimentos, podendo evidenciá-los pelo método científico, como o da queda-livre, sendo a primeira pessoa a perceber que na ausência de atmosfera, objetos de naturezas diferentes e formatos distintos, chegariam ao solo no mesmo tempo.

Astrônomo, físico, engenheiro, filósofo e matemático, Galileu Galilei é uma das mentes mais brilhantes da história, carregando os títulos de “pai da astronomia observacional”, o “pai da física moderna”, o “pai do método científico”, e o “pai da ciência”. Galileu foi um gigante na ciência e, se temos hoje uma ferramenta poderosa chamado de método científico, devemos isso a Galileu Galilei.

Obrigado, Galileu!

* Hugo Henrique Amorim Batista é licenciado em Física e Matemática e especialista em Educação. Professor da área de Exatas da Uninter.

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Autor: Hugo Henrique Amorim Batista*
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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