PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Oralidade favor da aprendizagem ativa

Parece evidente dizer que a oralidade é o meio mais utilizado pelo professor em sala de aula. Mas até que ponto esse recurso é explorado de forma a promover uma educação efetiva? Para a tutora dos cursos de Pedagogia e Letras da Uninter, professora Luciana Zatera, que promoveu na Jornada Acadêmica uma oficina sobre metodologias ativas, é possível unir o uso da oralidade e mediação para que o aluno tenha uma aprendizagem ativa, ou seja, com participação e não somente o tradicional ‘professor escreve, aluno copia’.

O modelo de sala de aula invertida (flipped classroom), adotado pela Uninter, faz parte dessas metodologias ativas e tem mudado a maneira como os estudantes assimilam o conteúdo, tornando comum a prática e aplicação em sala. Nesse método, o aluno se torna protagonista da sala de aula, o que promove um dinamismo  e uma maior liberdade para abordagens variadas, nos mais diversos assuntos. “A mediação leva à autonomia do aluno”, cita.

Zatera diz que essas metodologias ativas ainda são relativamente novas, e estão sendo estudadas e aperfeiçoadas para uma aplicação eficaz. Segundo ela, essa não é uma tarefa simples, pois somente o conhecimento da disciplina já não é mais suficiente para o professor. A sala de aula passa a ser um local de debates e argumentações, orientação e pesquisas.“Esse processo inverso exige preparo constante do professor, que deve estar atento ao desenvolvimento de cada aluno, o que cada um pode evoluir, quem são aqueles que precisam de maior atenção, orientá-los no progresso da construção do conhecimento”, afirma.

O aluno chega ao ensino básico sabendo se comunicar de forma clara e eficaz, ainda que de uma maneira informal. O papel da escola, bem como do educador, é estender essa comunicação, ensinando o uso em outros ambientes, além do familiar. A professora diz que a oralidade não recebe essa importância dentro do âmbito escolar, e a criança não é ensinada a usar a fala em outros contextos. Isso é repetido ao longo dos anos, inclusive ao chegar no ensino superior.

Para ela, é importante que o professor faça o bom uso da oralidade de forma a mediar o processo de aprendizagem, e não somente de promover um discurso que é recebido de forma passiva pelo estudante, como sempre foi ensinado. “Mediar é orientar o pensamento, é estabelecer relações, antecipar os efeitos de um ato”, completa.

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Autor: Jaqueline Deina - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Jaqueline Deina - Estagiária de Jornalismo

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