Internacionalização: o mundo na cabeça e nas mãos

Autor: Thiago Dias - estagiário de jornalismo

A internacionalização surge como uma resposta dos países aos impactos do fenômeno da globalização. Na educação superior, a internacionalização das instituições é o processo de introdução da dimensão internacional na cultura e na estratégia institucional, nas funções de formação, investigação e extensão e no processo da oferta e de capacidades da universidade.

Para o coordenador dos cursos de pós-graduação nas áreas de Relações Internacionais, Comércio Exterior e Língua Inglesa da Uninter, José Benedito Caparros Jr,  a internacionalização sempre existiu. “Não é modismo! Uma instituição de ensino superior se internacionalizar, é tudo, menos moda”, reforça.

No período antes de Cristo, já havia registros de internacionalização, quando “jovens da classe alta romana iam até a Grécia para estudar Artes, Letras e Filosofia”. Para melhor compreensão do assunto, é importante entender a diferença de internacional e global. “Internacional é quando existe relação entre dois ou mais estados, atores internacionais”, ou seja, um interesse em comum desses estados. Já global “é algo que está em todos os países, mesmo que não haja relação entre eles”, explica Caparros.

Quando se fala em internacionalização no ensino superior, logo se pensa em intercâmbio, mas essa não é a única forma de internacionalizar uma universidade. Caparros classifica o intercâmbio, nas formas mais conhecidas, como mobilidade: quando o aluno vai para fora ou um aluno de fora vem para a instituição. A mobilidade pode ser “estudantil, docente ou até mesmo mobilidade de funcionários administrativos da instituição de ensino, quando eles fazem trabalhos técnicos em outra instituição para aprender processos”.

A mobilidade é um processo que demanda muito recurso financeiro, vezes por parte do aluno, outras por parte das instituições de ensino, além de burocracia, para entrar e permanecer em outro país. Esse processo muitas vezes inviabiliza a mobilidade, ou seja, o intercâmbio.

Além da mobilidade, outro modo é a internacionalização do currículo ou também chamada de internacionalização em casa, que é a inclusão de perspectivas internacionais e multiculturais nas estratégias de ensino e de aprendizagem, nas avaliações e referências bibliográficas dos conteúdos programáticos das disciplinas. Este processo vem sendo usado cada vez mais nas instituições de ensino, pois funciona muito bem, mesmo que o contato não seja de imersão em outro país. Segundo Caparros, o processo de internacionalização do currículo vem sendo chamado de “propulsor da democratização do ensino internacional”, explicando que sem os custos e logística da mobilidade um número muito maior de alunos tem acesso a este ensino.

A internacionalização da educação foi tema do programa Café e Conhecimento da Rádio Uninter, apresentado pela professora Daniele Farinhas e teve como convidado o coordenador de cursos de pós-graduação em Relações Internacionais, José Benedito Caparros Jr. para a conversa. O programa está disponível em vídeo e pode ser acessado através deste Link.

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Autor: Thiago Dias - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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