PESQUISA DE CAMPO

Equipe multidisciplinar faz incursão para entender o que mata um rio urbano

Cinquenta alunos e professores da Uninter percorreram no último sábado (17) a maior parte dos 21 quilômetros do Rio Belém, um dos mais importantes de Curitiba (PR). Pelas margens do rio, eles foram da nascente, no bairro Cachoeira, até a foz, nas cavas do Rio Iguaçu. A atividade fez parte do projeto intitulado “O que mata um rio urbano?”, realizado pelo curso de Pedagogia da Uninter em parceria com os professores do curso de Geografia.

A atividade multidisciplinar incluiu também alunos e professores de outros cursos da Escola Superior de Educação da Uninter. Entre eles, os cursos das modalidades presencial e semipresencial de HistóriaLetras e Matemática.

A pergunta que sintetiza o projeto estampou a camiseta de todos os participantes durante o trajeto. Segundo o professor de Pedagogia da Uninter Yedo Alquini, a densidade populacional às margens do rio é um dos grandes fatores que colaboram para sua morte. “As indústrias geram produtos que são lançados no esgoto e acabam escoando nos rios. “A soma de vários fatores levam à morte de um rio. A mata ciliar é um interveniente desse processo”, diz ele.

Além disso, muitas vezes o lixo que é lançado nos rios entra em processo de decomposição e acelera a contaminação dos córregos, impedindo a sobrevivência dos seres vivos. “Quando falamos em seres vivos, não nos referimos só aos peixes. Você tem toda uma flora e uma fauna que fazem parte do processo natural do rio, e isso tudo infelizmente é destruído”, comenta.

Segundo a professora de Geografia e de Pedagogia Lis Graziela Orjecoski, além dessas questões, temos ainda a contaminação das águas superficiais que também contaminam os lençóis freáticos nos locais onde há incidência de aquíferos. “Nós vamos acabar re-consumindo essa água de forma ruim, e a fauna e a flora vão acabar não resistindo num ambiente poluído”, explica a professora. Graziela lembra que se tivéssemos a mata ciliar preservada, as enchentes causariam menos danos à população.

O percurso contou com quatro paradas, e durante todo o trajeto os alunos puderam observar e questionar os fatores que levaram à poluição do rio, que é um dos mais importantes da cidade. Em dezembro do ano passado, a prefeitura de Curitiba recebeu do governo do estado R$ 10 milhões para o projeto de revitalização do Rio Belém. O plano contempla obras de infraestrutura, como as drenagens já em andamento pela Secretaria de Obras, esgotamento sanitário, criação e ampliação de unidades de conservação (parques) e de educação ambiental.

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Autor: Valéria Alves – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Gabriel Bukalowski - Estagiário de Jornalismo

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