Como a revista científica nos fez chegar onde estamos hoje

 

Letícia Costa – Estagiária de Jornalismo

Não houve homem mais versátil do que Leonardo da Vinci (1452-1519). Suas múltiplas habilidades o tornaram o gênio da raça. Mesmo ele, dotado de uma inteligência incomum, sabia que não podia confiar tudo à memória. Sem contar que, morrendo ele, morreria parte do seu legado. O italiano foi engenheiro, matemático, arquiteto, químico, físico, astrônomo, pintor, escultor, anatomista, botânico, poeta, músico. De todos os atributos, o de inventor talvez seja o mais valioso.

Embora Da Vinci fizesse esboços de suas obras, nunca se saberá quanto da inventividade dele se perdeu por falta de um registro sistematizado. Um século e meio depois de sua morte, cientistas franceses e ingleses começaram a fazer versões impressas das próprias descobertas. Era a gênese das revistas científicas. A partir daí nenhum conhecimento seria perdido, nenhuma descoberta morreria com seu autor, a humanidade teria memória da ciência com direito a prioridade de autoria e as diversas áreas do conhecimento seriam consolidadas.

Journal des Sçavans e Philosophical Transactions foram as primeiras revistas cientificas que surgiram no mundo ocidental, em 1665, na França e na Inglaterra. Impulsionadas pelo Renascimento, movimento que representou o fim do pensamento teocentrismo apontando para o antropocentrismo. Agora o homem estava em posição central e livre para produzir e se expressar.

As revistas científicas permitem registrar ideias e invenções, a partir das quais outros pesquisadores tomam como ponto de partida para produzir novas ideia e invenções. Não é exagero afirmar que as ciências não estariam no atual estágio de evolução se os mais variados conhecimentos não tivessem sido sistematizados em publicações científicas.

Estudiosos do setor estimam que hoje existem cerca de 30 mil revistas científicas no mundo, quantidade que cresceu significantemente nos últimos 100 anos. Já nas últimas duas décadas, com o avanço da tecnologia – ela própria aprimorada a partir de publicações científicas –, as revistas do gênero ganharam versões eletrônicas. Isso tem permitido disseminar as pesquisas científicas em escala global.

Incumbido de selecionar as melhores revistas científicas nacionais, o Programa Scientific Electronic Library (Biblioteca Eletrônica Científica) realiza essa tarefa através de uma avaliação feita por um colegiado de assessores antes de serem disponibilizadas em rede. Dividida em periódicos, a SciELO tem 280 revistas do Brasil, escolhidas entre mais de 800 revistas que concorreram desde a criação do programa, e disponibiliza cerca de 20 mil artigos por ano.

Porque fazer e publicar pesquisas

Da mesma forma que nossas relações humanas só acontecem a partir do momento em que partilhamos nossa existência uns com os outros, na ciência a partilha do conhecimento e das descobertas geradas faz com que todo o processo corresponda ao esforço, valha a pena e faça sentido. A importância da pesquisa está também em deixar um legado educacional. Assim, as revistas científicas se tornam um manancial de instruções e possibilidades para as futuras gerações.

O Centro Universitário Internacional Uninter dispõe de sete revistas científicas. Desde 2012 o número de publicações vem aumentado. De 91 artigos publicados nas sete revistas naquele ano, houve um salto para 159 publicações em 2014.

Veja as sete publicações científicas e suas áreas de conhecimento (clique no nome para entrar na página):

Intersaberes: foi a revista precursora das publicações científicas da Uninter. Seu foco está na formação de professores e tecnologias informacionais a da comunicação.

Ius Gentium: periódico semestral ligado ao programa de Mestrado em Direito, cuja área de concentração é “Estado, Poder e Jurisdição”.

Saúde e Desenvolvimento: publica trabalhos provenientes das atividades de ensino e pesquisa propiciando o debate e intercâmbio de práticas e reflexões no campo da saúde.

Meio Ambiente e Sustentabilidade: publica e dissemina pesquisas científicas que sejam relevantes para o campo ambiental, bem como ações que visem a sustentabilidade.

Saúde Quântica: publicação interdisciplinar que agrega o conhecimento das várias ciências e procura expandir a relação entre a física quântica e saúde, de forma a potencializar este conhecimento para impactar a recuperação, prevenção e promoção da saúde.

Organização Sistêmica: constitui-se em um instrumento de comunicação, divulgação e intercâmbio de práticas, reflexões e resultados de pesquisas no campo organizacional.

Revista Uninter de Comunicação (RUC): publica textos resultantes de pesquisa voltados para a área de Comunicação. A amplitude do tema permite que esta revista tenha caráter multidisciplinar, buscando a reflexão da teoria e da prática.

A Uninter dispõe ainda dos cadernos temáticos, são espaços para publicação de pesquisas de acadêmicos e estão abertos a Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), trabalhos do Programa de Iniciação Científica ou textos científicos resultantes do trabalho de pesquisadores principiantes. Foram todos criados em 2012. Veja quais são:

Intersaberes: periódico cujo objetivo é a disseminação de pesquisas na área de educação e ensino, dentro de uma proposta mais ampla do que as temáticas da revista Intersaberes.

Meio Ambiente e Sustentabilidade: disseminação de pesquisas na área de meio ambiente, abarcando um maior leque de temas, justamente para oportunizar a publicação de trabalhos de discentes.

Saúde e Desenvolvimento: o periódico tem por objetivo a disseminação de pesquisas na área da Saúde e Desenvolvimento.

Organização Sistêmica: recebe trabalhos de pesquisas resultantes do campo empresarial.

Gestão Pública: recebe trabalhos relacionados à área de gestão pública.

Edição: Mauri König

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