Uninter reúne 541 alunos na mesma sala para debater pesquisa e telepresencial

Um grupo de 39 professores e 541 estudantes de Pedagogia se reuniram em uma grande aula virtual entre os dias 25 e 27 de agosto. Eles debateram o artigo “Telepresencial, uma sala de aula do tamanho do mundo: gestão da inovação e respeito ao estudante”, de autoria do reitor da Uninter, Benhur Gaio, e da diretora da Escola Superior de Educação (ESE) da instituição, Dinamara Machado. Ambos participaram do encontro.

O encontro fez parte do projeto de pesquisa Vozes da Pedagogia e a Formação Docente, ligado à linha de pesquisa “Educação a distância, metodologias e inovação”. Dos estudantes que participaram do evento, 520 desenvolvem o estágio de iniciação científica.

Segunda a coordenadora da área de educação da ESE, Gisele Cordeiro, esses momentos são muito importantes na formação dos alunos e efetiva o ensino e a pesquisa na instituição. Além do resultado da pesquisa, a experiência da iniciação científica deixa marcas muito positivas nos estudantes.

Gisele explica que, a partir de atividades como essas, os estudantes tendem a desenvolver maior senso de responsabilidade, aprendem a trabalhar em grupo e tornam-se mais criativos. As instituições de ensino superior também ficam mais inovadoras.

De acordo com a professora Kátia Soares, orientadora dos alunos nas reuniões do Projeto Vozes da Pedagogia, a participação na iniciação científica é de suma importância para a formação dos acadêmicos, seja nos cursos de licenciatura ou de bacharelado. Por meio dela, é possível aprender e experimentar o processo de desenvolvimento de pesquisas.

Reunião para todos

As reuniões do Projeto Vozes da Pedagogia ocorrem quinzenalmente, por meio da plataforma Teams, no formato síncrono, com a presença de estudantes (bolsistas, voluntários, monitores e do estágio supervisionado híbrido no formato iniciação científica), professores e autores dos textos em estudo.

Cada reunião parte do tema geral “competências digitais na formação de professores e estudantes” e são debatidos os textos conforme o cronograma pré-estabelecido na busca de aprofundamento dos conceitos apresentados e orientações sobre a metodologia científica. Na medida em que participam das reuniões, os estudantes elaboram seus projetos de pesquisa e depois um artigo com base nas conclusões dos seus estudos.

Os artigos produzidos pelos estudantes podem ser ampliados e aprofundados na elaboração do seu TCC (trabalho de conclusão de curso), além de serem apresentados em eventos científicos. Podem ainda ser publicados na Revista Intersaberes ou em livros a serem organizados com a ajuda dos professores dos cursos da área da Educação.

Enquanto isso, os professores e convidados externos transformam suas pesquisas em um livro chamado Vozes da Pedagogia, que está na produção do seu quinto volume, com publicação anual, para registro da ciência em produção que pauta a prática docente a partir dos pressupostos teóricos discutidos e produzidos.

O texto do encontro que aconteceu nesses dias, por exemplo, compõe a obra organizada pelos autores presentes: Gestão no ensino superior: caminhos da inovação, do empreendedorismo e da resiliência.

Isso possibilita aos participantes conhecerem a inovadora modalidade telepresencial que a Uninter oferece ao curso de licenciatura em Pedagogia, com as partilhas das experiências dos autores e professores participantes sobre a teoria e a práxis, ou seja, a prática docente.

A professora Vanessa Queirós manifesta a “esperança em uma educação mais emancipadora, empática e com superação”, o que produz nela “um misto de sentimentos no fazer pedagógico dessa sala de aula do tamanho do mundo”.

A professora Rita Tuchinski conclui pontuando que “ser professor no Telepresencial, a sala de aula do tamanho do mundo, é vivenciar uma efetiva conexão entre participação, conhecimento e contato humanizado”.

A conclusão das docentes vem do período da experiência da construção do texto pelos autores que tiveram a oportunidade de participar da nova modalidade. “Essa modalidade de ensino nos faz ver novas possibilidades, pois podemos estar no conforto da nossa casa e ainda conectados com colegas e professores do Brasil e mundo. Isso tudo é muito enriquecedor para nosso aprendizado”, salientou uma aluna que participou das conversas do grupo de pesquisa.

Estratégia pedagógica

“O estágio supervisionado no formato iniciação científica representa uma estratégia pedagógica para que o estudante desenvolva a autonomia e possa apreender a aprender, a fim de desenvolver as competências para uma sociedade globalizada”, destaca a diretora da ESE, Dinamara Machado.

Isso se dá com a oportunidade de os estudantes vivenciarem a pesquisa junto de pesquisadores experientes, que trazem aprendizado, inspiração e partilhas para que os estudos se tornem práticos, transformadores e aplicáveis na prática profissional depois de formados.

Ou ainda, agregar a estudantes que já são experientes. “Pedagogia é a minha terceira licenciatura e a cada encontro do estágio de iniciação científica aprendo mais. Hoje, aprendi que o telepresencial é mais um recurso para sair da mesmice e estar atualizado com as aulas e inovação sempre”, comentou uma das alunas.

Outra estudante, que está na segunda licenciatura, percebe a cada reunião do grupo de pesquisa a oportunidade de estar aprendendo cada dia mais. “Cheguei a ver matéria de tecnologia, mas não se compara a essa amplitude em que estamos vivenciando aqui”, diz.

Para completar o ciclo de aprendizagem entre vivência, análise teórica e aprendizagem aplicada, depois da discussão os estudantes foram convidados para uma degustação de aula da modalidade telepresencial, podendo assim ampliar os conhecimentos com a experiência prática docente.

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