Trabalho prático acadêmico impulsiona ação voluntária em Chapecó

Os cursos da área de educação da Uninter têm na composição de sua avaliação trabalhos práticos (estudo de caso e portfólio) e, a cada fase em que são lançados, novos assuntos e propostas são enaltecidas.

Em 2020, um dos portfólios solicitava que os estudantes pesquisassem sobre as variedades culturais de sua cidade e representasse a que mais gostava por meio de dramatização. Para tal, deveriam confeccionar uma mascote com as características culturais elencadas que seria usada na dramatização.

É aí que essa história se inicia. Uma de nossas alunas do curso de Psicopedagogia do polo de Chapecó (SC), Keylla Aparecida Coral, envolvida com a produção da mascote e demais etapas do trabalho, fez despertar algo que há muito estava em repouso em seu interior: a vontade de praticar ação solidária. Quando mais jovem, comumente se dirigia ao comércio da Exposição-Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó (Efapi) pedindo contribuições dos comerciantes para montar kits e distribuir em época natalina para crianças de baixa renda de algumas comunidades.

Keylla compartilhou sua ideia com a irmã Danielly Zuze, e assim a ação social teve início. Juntas, começaram a fazer bonecas de pano a serem distribuídas. Porém, como o “fazer o bem” é contagioso, as irmãs ganharam o apoio de uma amiga, Angélica Mader, que também se envolveu com a causa. Após confeccionarem várias bonecas, se juntaram ao subtenente Erno Zuse, bombeiro aposentado, que confecciona caminhões de bombeiro de madeira para também doar às crianças. Como já deve ser imaginado, a ação gerou muitos sorrisos e com eles esperança de dias melhores.

Concluída a missão que haviam se proposto a fazer, as amigas se entreolharam e uma delas expressou a pergunta “E agora, o que faremos para a Páscoa?”. Linha de produção em atividade novamente, desta vez com o apoio da Dona Silei, mãe de Danielly e Keylla, iniciaram a confecção de coelhos de tecido para serem distribuídos.

Entretanto, o público-alvo foi outro. Da ação feita anteriormente para crianças, agora fizeram para idosos de uma casa de longa permanência. Assim, entregaram aos senhores moradores de lá um pacote com guloseimas e com o coelho de tecido, e, para alegrar ainda mais o dia dessas pessoas tão carentes de afeto e atenção, fizeram uma serenata ao lado de fora do portão para que não expusessem os moradores ao risco de contaminação de Covid.

Ações simples e pequenas que não transformam o mundo e nem solucionam os problemas, mas trazem alento, afeto e o sentimento lindamente declarado por Cecília Meireles “basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve”. Que exemplos como esse se frutifiquem cada vez mais.

“Nosso muito obrigada à Keylla, nossa estudante, à Andreia gestora do polo de Chapecó, à professora Jiane e a todos os demais integrantes da equipe de apoio. Graças a todos os envolvidos conseguimos juntos compartilhar histórias de sucesso iniciadas com as atividades propostas pela Área de Educação, da Escola Superior de Educação”, salienta Gisele Cordeiro, coordenadora da área de Educação da ESE.

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Créditos do Fotógrafo: Divulgação


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