Prevenção ao HIV é destaque no Dezembro Vermelho

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 38,4 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo. Descoberto na década de 1980, o HIV representa uma epidemia que ainda mata, todos os anos, cerca de 650 mil pessoas em todo o mundo.

No Brasil, os índices de contaminação também preocupam. De 2007 até junho de 2022, foram notificados no Sinan 434.803 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 42,3% na região Sudeste, 20,7% na região Nordeste, 19,4% na região Sul, 9,9% na região Norte e 7,7% na região Centro-Oeste.

O alto índice de contaminação pelo vírus no país fez com que, em 2017, fosse criado o “Dezembro Vermelho”, mês que promove a reflexão sobre as doenças sexualmente transmissíveis, assim como a saúde sexual da população em geral.

Transmitido através de fluidos corporais, o vírus HIV afeta as células do sistema imunológico responsáveis pela produção de anticorpos. Com isso, ocorre a destruição do sistema imunológico do indivíduo, facilitando o desenvolvimento de infecções e demais doenças.

De acordo com o enfermeiro em saúde coletiva e professor da Uninter Emerson Silveira de Brito, a prevenção ao vírus HIV e a demais doenças transmitidas durante o sexo vai além do uso de preservativos.

“Uma das metas do governo é alcançar as pessoas que estão mais suscetíveis a infecção por HIV, os grupos de risco”, afirma.

Segundo ele, esses grupos se tornam vulneráveis por questões de logística e dinâmica. Entre as populações mais vulneráveis ao vírus, se destacam transsexuais, homens que fazem sexo com homens e profissionais do sexo.

Além disso, atualmente, são altos os índices de HIV em jovens de modo geral. De acordo com dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, só em 2022, foram contabilizadas 9.516 infecções pelo vírus em pessoas com idade entre 15 e 39 anos, sendo 4,9% entre de 15 a 19, 17,5% de 20 a 24 e 19,5% entre 25 e 29 anos.

Outro alerta feito pelo profissional é o de que a transmissão vertical durante o período de amamentação tem tido alta incidência, acarretando a contaminação do bebê. O uso de drogas durante a relação sexual também tem aumento a pré-disposição de pessoas à contaminação pelo vírus.

A importância da testagem regular para o controle da doença assim como o uso de métodos contraceptivos não são as únicas medidas destacas por profissionais da área. Emerson Silveira destaca a profilaxia pós-exposição ao vírus e o acompanhamento médico após o diagnóstico.

Ele lembra que a prevenção com o uso de contraceptivos não é só contra o HIV, mas também em relação a doenças como sífilis, hepatite, gonorreia, HPV, clamídia, entre outras.

A maior preocupação dos médicos é que as pessoas sejam diagnosticadas antes mesmo de ter sintomas. A gente sempre indica que as pessoas tenham regularidade na testagem, independente de terem ou não os sintomas”.

A prevenção ao HIV foi tema do programa Saúde em Foco exibido pela Rádio Uninter em 6 de dezembro. A jornalista Bárbara Carvalho recebeu o enfermeiro e professor da Uninter Emerson Silveira de Brito para debater a importância dessa prevenção.

Assista ao programa Saúde em Foco pelo canal de Youtube da Rádio Uninter.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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