MESTRADO EDUCAÇÃO

Práticas significativas chegam ao interior

O impacto positivo que a educação possui em nossas vidas é um fato inquestionável. Por esse motivo, a qualidade do ensino é uma preocupação recorrente dos profissionais que trabalham na área, e um grande desafio para o desenvolvimento do país.

O Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias (PPGENT) da Uninter assumiu uma missão especial no desenvolvimento da educação brasileira: a instituição realiza, a cada ano, uma parceria com a Secretaria da Educação de alguma cidade pequena, da Região Metropolitana de Curitiba ou do interior do estado do Paraná.

“Todos os anos nós fazemos uma ação em um município diferente. Ano passado nós estivemos em Campo Magro, e esse ano em Tijucas do Sul. Nós fazemos parceria com uma Secretaria de Educação, de cidades pequenas, porque geralmente são secretarias que têm déficits formativos”, explica a professora-doutora Luana Wunsch.

A parceria com a Secretaria de Educação de Tijucas do Sul (PR) rendeu, em 2018, um ano inteiro de planejamento e organização. O objetivo da atividade está em sintonia com o campo de atuação do grupo de pesquisa do mestrado: é feito o mapeamento das necessidades da Secretaria de Educação para que, então, atividades formativas possam ser realizadas.

Como é feito o trabalho?

Em 2018, a atividade realizada foi o I Encontro Municipal de Práticas Significativas no Contexto dos Professores de Tijucas do Sul. Trata-se de uma prática de formação contextualizada, tendo como base as especificidades de professores das áreas urbanas e rurais da rede municipal de ensino.

“Nós fomos de Curitiba no início da tarde para idealizar as salas e distribuir o material, e antes mesmo do encontro, fomos perguntar presencialmente o que eles precisavam aprender. Nós não fizemos esse curso de forma aleatória”, diz Luana.

Além do mapeamento para saber o que os professores da rede mais precisam, gostam e possuem necessidade de aprender, foram realizadas várias atividades e reuniões na própria Secretaria. Durante o encontro, participaram 180 professores da educação básica, e até mesmo alguns graduandos se matricularam para as atividades, cujas temáticas abordaram seis necessidades específicas.

“Nós separamos os grupos a partir das necessidades que percebemos, para formar e trocar experiências de forma significativa. O nome do evento, Práticas Significativas, indica o propósito de fazer uma atividade que é realmente precisa, que eles possam realmente utilizar em sala de aula com os alunos”.

O coordenador do polo Uninter de Tijucas do Sul, Valdilson Lopes, diz que envolver os alunos da educação a distância na graduação e pós-graduação é trazê-los para perto da realidade na qual atuam e atuarão. “E é importante para uma Secretaria de Educação saber que pode contar com os professores e alunos da Uninter em seus processos de formação”, diz ele.

O prefeito de Tijucas do Sul, Cesar Matucheski, também participou do evento. “Os professores merecem atividades de qualidade como esta, e especialmente os alunos, que colherão bons frutos deste momento”, disse ele.

Os temas abordados foram: “Recursos e Significâncias em prol da inclusão na comunicação, Pressupostos Cooperativos (O que a educação física pode nos mostrar?)”, “A comunicação na educação infantil (recursos da literatura)”, “A comunicação no ensino fundamental I (gêneros textuais)”, e “Os 4C na prática do docente – Como ter coragem para inovar?” Todos esses assuntos foram elencados durante a fase de mapeamento.

“As minhas orientandas Dayane e Ana, da área de formação de professores, estão fazendo o trabalho delas sobre gêneros textuais e tecnologias, então elas montaram uma oficina sobre essa questão. Já para os 4Cs (criatividade, criticidade, comunicação e colaboração), nós tivemos duas oficinas separadas por causa do alto número de inscritos. Essa é uma oficina específica do docente, que é para trabalhar com a autoestima e competência desse professor do século XXI ”, explicou Luana.

De acordo com a professora, as oficinas sobre os 4Cs falaram sobre a questão de como trabalhar a criatividade e criticidade do professor, para que ele possa, assim, fazer um planejamento e uma prática avaliativa mais segura.

Para a oficina da inclusão, foi chamado uma especialista, principalmente para falar sobre a questão do autismo. “Eles estão com onze alunos matriculados na prefeitura com autismo, e os professores não estavam sabendo lidar muito bem com isso. Nós fizemos uma roda de conversa – que foi considerada oficina – sobre isso, e a tecnologia e educação básica”.

Próximas edições:

O evento aconteceu no dia 25 de setembro, mas já tem programação sendo preparada para o início deste ano letivo. Segundo a professora Luana, estão sendo pensadas atividades para a semana pedagógica.

 

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Autor: Valéria Alves – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro


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