Pessoas começam a diferenciar notícias de boatos, diz jornalista

 

Denise Becker – Estagiária de Jornalismo

A notícia na internet chega rápido. O smartphone é o principal meio de acesso à informação. Dez minutos é tempo demais para uma publicação online. O principal equipamento do jornalista independente é o celular. Depois da web, o rádio é o meio mais veloz para disseminar uma notícia. Nos últimos 24 meses todos os “furos” foram vistos primeiro pela internet. O Twitter é fonte primária de informação para muitos jornalistas. O jornalista tem de saber vender, pré-produzir a matéria e conhecer os veículos de comunicação. Jornalista tem de aprender a programar e calcular porcentagem.

Estas foram algumas das frases ditas pelos jornalistas com larga experiência no mercado online no bate-papo com os alunos de Jornalismo do Centro Universitário Internacional Uninter, na sexta-feira (31). O evento aconteceu de manhã e à noite no auditório do campus Tiradentes.

O jornalista Narley Resende, do Paraná Portal e da Band News FM, disse que aos poucos as pessoas estão se educando para as notícias. Sobretudo estão aprendendo que o “WhatsApp entrega boatos”. Ele compara os boatos ao movimento de ondas, que saem de uma ponta de um jeito e passa por várias mudanças até chegar na outra ponta. “À medida que o tempo passa, as pessoas vão compreendendo que as coisas vão se esclarecendo. Nós [jornalistas] estamos aqui para isso, esclarecer os fatos”, diz Narley.

Todos os jornalistas, de um modo geral, têm no WhatsApp e no rádio duas poderosas ferramentas de trabalho, pois são vários os grupos formados para troca de informações. Polícia Federal, atualizações do trânsito e das rodovias, Operação Lava Jato, são alguns dos exemplos mencionados na palestra. O rádio tem um alcance imediato e pode ser ouvido no carro, inclusive pelo celular.

João Guilherme Frey, jornalista da Gazeta do Povo, ressalta que não existe mais nas redações um repórter que escreve para o impresso e outro para o meio online. Uma pessoa escreve para os dois meios simultaneamente. Ele complementa dizendo que “hoje o jornal impresso é um subproduto do meio digital”.

“Foi muito interessante o que eles falaram sobre jornalismo online. Antes, o jornalista escrevia primeiro para o meio impresso e depois adaptava para o meio online. Hoje ocorre o inverso”, diz Mariana Becker Santos. Ela complementa dizendo que foi a palestra mais significativa desde que iniciou o curso de Jornalismo, há um ano.

“A notícia online: jornalismo em três atos” foi um evento promovido pelo curso de Jornalismo Uninter e organizado pela professora Daniela Neves e pelo professor Alexsandro Ribeiro. Participaram da palestra os jornalistas Narley Resende, Amanda Ferné Audi, Rafael Moro Martins, João Guilherme Frey, Mariana Ohde e Fabiano Klostermann.

Edição: Mauri König

Incorporar HTML não disponível.


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *