Mire-se no exemplo de quem se destaca na multidão

 

Denise Becker – Estagiária de Jornalismo

Nas redes sociais, em estatais, em grandes corporações ou em pequenos comércios. Não há lugar em que as mulheres não possam se destacar na multidão e se colocar em condições de igualdade com os homens no mundo dos negócios. Três bons exemplos disso estiveram no evento “Mulheres empreendedoras”, realizado na quarta-feira (29) pela coordenação de pós-graduação da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter.

Elizabeth Ribeiro de Souza, coordenadora de pós-graduação, trouxe três exemplos de empreendedoras que têm despontado em suas atividades. A criadora do Clube da Alice, Mônica Berlitz, a coordenadora de desenvolvimento de pessoas da Sanepar, Ruth Favorin, e a coordenadora do núcleo de projetos voltados à comunidade do Sesi Paraná, Marcia Fernanda Vieira Rocha.

Na abertura do evento o diretor da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios, Elton Schneider, ressaltou a proeminência feminina nas atividades do mercado. “As mulheres estão ocupando um espaço cada vez maior na sociedade. Nos próximos anos, as empresas já se preparam para serem lideradas por outras mulheres. Homens e mulheres, todos têm contribuições a dar”, diz.

Ruth Favorin apresentou o programa “Equidade Sanepar”, o primeiro no país a tratar a questão da igualdade de gênero no meio empresarial. “Equidade significa que mulheres e homens devem ser tratados de forma justa de acordo com as respectivas necessidades e privilégios”, diz.  Segundo, ela praticar a equidade equilibra o ambiente e qualifica as relações.

Marcia Fernanda explicou que a proposta do Sesi é sensibilizar as empresas a alcançar igualdade de gênero e para isso fez uma parceria com a ONU Mulheres. Trouxe dados comparativos que mostram o aumento das mulheres assumindo a renda familiar. “Segundo o IBGE (2016), em 1995, 23% das mulheres eram chefes de família. Já em 2016, 40% delas estão à frente do sustento da casa”, compara.

Ela acrescenta que os cargos mais altos de uma empresa ainda são ocupados por homens, “mas a gente já tem mulheres também”. No entanto, “as mulheres também estão no chão de fábrica”, referindo-se à linha de produção, que outrora era ocupada somente por homens e as mulheres ficavam em cargos administrativos.

O fechamento do ciclo de palestras ficou por conta de Mônica Berlitz, criadora do Clube da Alice, um grupo secreto no Facebook com 340 mil mulheres e uma fila de espera de 80 mil. A página possui 130 mil seguidores e requer dedicação exclusiva de Mônica.

A demanda das atividades exigiu a formação de uma equipe com profissionais de marketing, departamento comercial, atendimento e administração das redes sociais e do site. “É um empreendimento que se tornou monetizado em pequenas ações com produtos pontuais, como canecas, agendas, bolsas, e que começaram a pagar nossas primeiras despesas com o site e desenvolvimento”, diz Mônica.

Outra inciativa é a carteirinha do clube, que garante uma renda recorrente. O que era só uma ideia acabou se tornando um empreendimento que organiza eventos, corridas e festas. O Clube da Alice faz ação de marketing junto ao shopping Mueller com a proposta de levar o clube físico para exposições de produtos. “É como se fosse uma feirinha de pequenas empreendedoras que expõe os seus produtos dentro do shopping”, explica Mônica.

Edição: Mauri König

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