Peças de Lego contribuem no desempenho empresarial

Autor: Kethlyn Saibert - Estagiária de Jornalismo

Já imaginou melhorar o desempenho de uma equipe de trabalho usando blocos e bonequinhos de montar da Lego? Pois isso é possível com a metodologia Lego Serious Play. A ferramenta foi criada pela própria Lego, no final da década de 1990, quando a empresa estava quase em falência. O método foi criado a fim de desenvolver a criatividade e a inovação. A metodologia nasceu com foco no desenvolvimento estratégico e ajudou a Lego na tomada de decisão em períodos de crise.

Jorge Secco Caetano, da Smart Play – empresa que oferece a metodologia para as corporações –, explica que o processo serve para que as empresas reflitam sobre o papel da liderança e estimulem o pensamento criativo. Secco é chamado de “facilitador” da ferramenta e seu principal objetivo é usar as peças de Lego para desbloquear o conhecimento em torno das construções para chegar na solução de um problema.

“Eu, como facilitador, não estou lá para dar as repostas, estou lá para trabalhar com pessoas que vão produzir as repostas que nós precisamos”, explica. Secco diz que na Lego Serious Play todos da equipe têm liberdade para pensar em soluções, não importando qual é o cargo do colaborador. Além disso, a metodologia pode ser aplicada para melhorar o desempenho organizacional com um todo ou de apenas um time. Há oficinas para contratação, recrutamento, seleção e retenção.

Como são as dinâmicas

As dinâmicas são pensadas para acessar os componentes que vão além da razão de modo que o colaborador reflita sobre seus modelos construídos. Secco explica que as construções são leves e divertidas, e cada oficina é desenhada para cada tipo de problema do dia a dia da equipe. Por exemplo, o colaborador é desafiado a construir um modelo para contar uma história sobre o que ele faz quando está atendendo um cliente. Dentro desse processo construtivista, quem participa descobre coisas novas que podem facilitar as tomadas de decisão.

Secco explica que nem todas as organizações estão preparadas para aplicar a metodologia. “Se a liderança acredita que ela tem todas as repostas, a Lego Serious Play não serve para ela”. Ele ainda explica que a ideia é que as empresas permitam diferentes visões de mundo na equipe. “O problema é que às vezes se trabalha com pessoas que estão 20, 30 anos numa mesma empresa e nuca tiveram a oportunidade de entrar no lúdico, em ter voz e expressar as ideias, então é claro que muitos vão se sentir desafiados e questionar essa metodologia de ‘brincar’, aponta.

O facilitador diz que é preciso ter visões conflitantes no ambiente corporativo. “Tem muita gente que é promovida nas empresas sem fazer nada, porque se o funcionário é uma ovelhinha negra que questiona o status quo, ele pode arrumar uma confusão e ser mandado embora. E se ele está arrumando confusão, então já não está no processo certo, porque a ideia é que a empresa permita essa visão diferenciada, essa visão conflitante, porque é um conflito positivo que vai gerar inovação”, conclui.

Jorge discutiu sobre a metodologia Lego Serious Play no programa Talento em Foco, da Rádio Uninter, no dia 17.mai.2021. Você pode conferir a conversa completa clicando aqui.

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Autor: Kethlyn Saibert - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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