Concurso Cultural - História de Polo

O sonho de Magnos encontrou abrigo num polo da Uninter

Autor: Magnos da Silveira Fauchy – egresso de História (Pelotas-RS)

Era novembro de 2015, o dia não lembro bem. Fazia calor e eu entrava mais uma vez em uma sala de aula de uma universidade. Logo me senti desconfortável, “abandonado”, esquecido, sendo apenas mais um ali. Então decidi que aquela seria minha última aula, o último dia naquela instituição.

Porém, minha vontade de me formar na área da educação me perturbava, não queria desistir, então pensei: “Vou mudar, vou buscar outra universidade”. Mas qual, onde, qual modalidade de ensino? Em busca de respostas, comecei a pesquisar anúncios na internet sobre universidades que disponibilizavam o modelo de ensino a distância.

Logo nas primeiras buscas tudo me era muito parecido: você se inscreve, recebe o material, estuda em casa e recebe suporte para tirar dúvidas online. Pouco inspirador. Continuei buscando, até que descobri o Centro Universitário Internacional Uninter.

Eu já havia decidido que não iria desistir, então liguei para o número do polo que estava no site. Do outro lado da linha soou uma voz calma, de pessoa já experiente, que me explicou com toda paciência o que eu deveria fazer para me tornar um aluno Uninter. Agradeci e ouvi ela dizer: “Prazer, eu sou Elzina, e quem sabe você vem aqui no polo para lhe explicarmos melhor o processo de vestibular na Uninter”. Aquilo não foi um convite, senti-me convocado, intimado, obrigado a ir lá para pelo menos experimentar, ouvir o que tinham pra me oferecer.

Quando lá cheguei fui direto na recepção e logo reconheci o tom de voz da Elzina, pessoa meiga, com um pleno domínio de sua função no polo. Parecia que treinara cada frase que dizia, pois suas colocações eram firmes, convictas, com muita consciência, e assim pude perceber que tudo que me falara a respeito sobre o polo era verdade.

Neste dia conversamos por mais ou menos uma hora, lembro bem, era uma sexta-feira, e mesmo sendo em um final de expediente, ela não me pareceu preocupada em ir embora, e assim me passou a certeza de que queria que eu fizesse parte do grupo de alunos da instituição.

Foi tudo muito rápido. Fiz o  vestibular no final do ano, e a aula de apresentação no polo já estava marcada para o início de fevereiro. Eu tinha muita expectativa, afinal, novo ano, novas ideias e uma incerteza de como me sentiria ali, naquele ambiente.

Na data marcada lá estava eu, pronto, mas cheio de dúvidas. Éramos algo entre 25 e 28 novos alunos, que estavam começando uma nova etapa em suas vidas. Fomos recepcionados pela Mirian Vhon, na época a coordenadora do polo, que nos detalhou cada passo que teríamos ao longo da jornada, as avaliações, os trabalhos pedagógicos etc. Ela enfatizou que na Uninter Pelotas nós teríamos encontros presenciais ao menos uma vez por semana. Pronto, era o que eu precisava ouvir: “Aulas presenciais em um polo EAD”. Fantástico! Neste mesmo dia recebi carteirinha de estudante, meu RU e senha de acesso ao Ava Univirtus. Confesso que me senti “grandão”.

Na primeira aula fui apresentado à tutora Letícia. O tempo foi passando, formamos grupos de trabalho para apresentações de portfólios e fui me adaptando ao modelo Uninter de ser.

Vale uma ressalva: no primeiro módulo fiquei em exame afinal. A ansiedade não me deixou examinar a fundo como eram os métodos de avaliação e lembro de que na prova não fui muito bem, por isso fiquei em exame. Mas passei na próxima prova.

Então conheci o Sr. Jorge Vhon Hanm, gestor do polo (não só do de Pelotas, mas de outros na região sul do Rio Grande do Sul). Homem íntegro, pessoa idônea e de coração calmo.  Talvez calmo demais, pois um tempo depois o seu coração literalmente parou. É isso mesmo, o homem enfartou! Mas foi só um susto, um aviso de que o fardo estava pesado demais, um “se liga aí, meu”. Ele se recuperou e hoje segue a vida.

Sempre quando eu chegava no polo, antes da aula gastava um tempo conversando com o Jorge. Falávamos de tudo, futebol, política, diretrizes da Uninter, pessoas importantes que se formaram nos polos que ele administra. Era um papo legal, afinal o Sr. Jorge nunca me deixava sem resposta. Lembro de uma ocasião em que ele me perguntou: “O que o fez escolher o polo da Uninter em Pelotas”? E eu respondi que buscava um local onde eu me sentisse acolhido, adotado, um local em que eu me sentisse em casa.

Sempre enfatizei isso a todas as pessoas que trabalhavam na instituição: este grupo é fantástico, consegue conciliar gestão com aproximação. É esse o diferencial deste grupo, são pessoas que trabalham unidas. Foram inúmeras as vezes em que percebi que um tutor auxiliava o outro, mesmo que sua área não fosse a que necessitava de resposta. Este grupo sempre soube atender com excelência à necessidade de cada aluno.

O tempo passou, concluí as disciplinas e o estágio – fui lecionar História no período noturno de uma escola pública, com jovens que passam o dia trabalhando. Foi uma ótima experiência

Chegou a hora de montar o tão temido TCC. Sempre pensei que um trabalho de conclusão de curso jamais deve ser deixado para o final, ele tem que começar a ser pensado já no primeiro ano da vida acadêmica. Como gosto de mídia, me interessei pelo uso das mídias digitais para o ensino de história, tema que elegi para o meu trabalho de conclusão. Recebi das tutoras Letícia e Fernanda a nota máxima pela contextualização do conteúdo.

Era o fim da primeira etapa, naquela noite eu sabia que havia terminado a graduação, e aquele menino pobre, com 4 irmãos, órfão de pai, vítima do trânsito, e de mãe, vítima de um câncer devorador, iria finalmente colar grau.

Estava formado, mas não dava para parar. Tinha agora um desejo novo, pós-graduação. Mas em quê? Qual área? Seguir na educação?  Diante dessas dúvidas, busquei a orientação do Jorge e da Euzina, analisei a oferta de cursos da Uninter e, depois de sanadas algumas dúvidas, optei por fazer a pós- graduação em Gestão Escolar.

Essa pós-graduação me deu um enorme alicerce, me trouxe conhecimentos incríveis e autonomia para debater sobre legislação da educação de uma forma nunca pensada antes. Graças ao curso fui convidado por escolas particulares para falar sobre o futuro da educação no Brasil.

Toda essa trajetória transformadora de minha vida se deu no polo de Pelotas, onde as pessoas são tratadas com muito carinho, dedicação e, acima de tudo, muita competência e profissionalismo.  Há 14 anos na cidade, o polo já formou mais de 4 mil alunos.

Sou muito agradecido à Uninter e, principalmente, à família do polo Pelotas. Sinto-me lisonjeado por poder fazer parte da história deste polo, pois tenho certeza de que ali deixei de ser uma “tábua rasa” e hoje me sinto uma pessoa com senso crítico melhor e mais apurado, graças à dedicação e empenho de todos que fizeram parte desta longa caminhada. Muito Obrigado.

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Autor: Magnos da Silveira Fauchy – egresso de História (Pelotas-RS)
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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