TRABALHO

O que faremos com os nossos idosos?

Autor: Ivone Souza - Estagiária de Jornalismo

Brasília - Idosos participam de atividades no Parque da Cidade em comemoração ao Dia Internacional do Idoso (Valter Campanato/Agência Brasil)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil será, no ano de 2050, o sexto país do mundo em número de idosos, o que trará desafios enormes para a sociedade como um todo. A Previdência Social sofre diretamente as consequências dessa mudança, que tem como tendência a diminuição da renda e o aumento das despesas.

No artigo A terceira idade e sua relação com o mercado de trabalho no Brasil, publicado no Caderno Intersaberes da Uninter, as assistentes sociais Patrícia Ramaldes Ferreira da Silva Moreira e Solange Maria Pimentel ressaltam a importância da conscientização da população sobre a contribuição do idoso para o progresso da sociedade.

Dados do IBGE (2008) apontam que no ano de 2050 os idosos serão 22% da população brasileira. Diante das profundas mudanças econômicas e estruturais que acontecerão, é necessário pensar sobre a inserção dos idosos nesse cenário.

Com a nova Previdência, a idade mínima de aposentadoria subirá para 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens, e o mercado de trabalho terá que absorver esta força laboral das pessoas que permanecerão na ativa por mais tempo. Para complementar, conforme apontam Patrícia e Solange, frequentemente o idoso permanece no mercado de trabalho mesmo após a aposentadoria para ajudar na contribuição de renda da família.

O estatuto do idoso assegura todos os direitos a esta faixa populacional, com destaque para a prioridade no atendimento à saúde física e mental e o respeito a suas condições de liberdade e dignidade. Em relação ao mercado de trabalho, o documento diz que o idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.

Segundo as autoras, as empresas devem definir estratégias específicas para a inclusão do idoso. O avanço da tecnologia pode contribuir neste sentido, valorizando o conhecimento e o trabalho cognitivo ao invés do trabalho braçal.

Portanto, concluem as autoras, é necessária uma maior conscientização das pessoas acerca do papel que o idoso tem na sociedade, e também das formas como ele pode contribuir, dentro dos limites de sua integridade física e mental. Além disso, as empresas precisam identificar novas estratégias para a inserção desse contingente na força laboral, já que a “população idosa cresce em ritmo acelerado”.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Ivone Souza - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Valter Campanato/Agência Brasil


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *