O poder e a energia do Reiki: “mãos” que auxiliam no tratamento de câncer

Autor: Evandro Tosin - jornalista

Considerado uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), o Reiki, consiste em uma técnica que se utiliza da aproximação ou o toque terapêutico sobre o corpo da pessoa com o objetivo de estimular os mecanismos naturais de recuperação da saúde. A prática do Reiki pode contribuir com o tratamento oncológico convencional (radioterapia, quimioterapia, cirurgias, transplante de medula óssea e outros), já que melhora a qualidade de vida de pacientes, reduzindo a dor e o estresse emocional.

O Reiki surgiu em 1922, após a experiência do japonês Mikao Usui, que passou 21 dias de meditação no Monte Kurawa, em seu país, e obteve uma técnica de transferência de energia de uma pessoa para a outra por meio da imposição de mãos. “Rei” significa a energia universal disponível para todos os seres vivos. “Ki” significa energia vital que circula em todos os seres vivos.  A partir disto, Reiki é a associação das energias vital e universal.

A energia universal do Reiki tem papel sobre o equilíbrio da energia vital do corpo e mente de forma integral, eliminando bloqueios eliminando as toxinas, contribuindo para o pleno funcionamento celular. A prática promove a harmonização entre as dimensões físicas, mentais, emocionais e espirituais.

No nível físico, é capaz de promover uma condição estável do organismo. No nível mental, ajuda a enxergar o mundo com discernimento, expressão e comunicação. No aspecto emocional, trata as emoções profundamente e em diferentes traumas. E por fim, no campo espiritual, o indivíduo pode ser conectar com um propósito de vida.

O artigo “Aplicação do Reiki em pacientes oncológicos” (clique aqui) foi publicado na Revista Brasileira de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) em Saúde da Uninter, analisando as indicações e os efeitos do reiki em pacientes oncológicos. A pesquisa apresenta uma revisão da literatura e foi elaborada pelos fisioterapeutas Daniele Pacheco, Pâmella Leal, Viviane Nogueira, Amanda Guedes, Bianca Chang, Maria Eduarda da Silva, Carla Gutschov e Amanda Estevão.

Os estudos mostram que o Reiki melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos, com redução do estresse emocional, na diminuição das pontuações de classificações diárias de dor e ansiedade, distúrbio total do humor, angústia, depressão. Números significativos de pacientes que receberam o toque terapêutico, apresentaram efeitos positivos, sem registros de sequelas negativas.

Os autores do artigo “Aplicação do Reiki em pacientes oncológicos” observam a necessidade de novos estudos de campo, com melhor abordagem metodológica para validar os reais benefícios da técnica para pacientes em tratamentos oncológicos.

Números do câncer no país

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2022, no Brasil, foram registrados 704 mil casos novos de neoplasias. Em homens, os tipos mais frequentes de câncer, não incluindo o tipo de câncer de pele não melanoma – os mais comuns, são de próstata (30%), colón e reto (9,2%), pulmão (7,5%), estômago (5,6%) e cavidade oral (4,6%). Nas mulheres, as incidências, não incluindo o tipo de câncer de pele não melanoma, são de mama (30,1%), colón e reto (9,7%), colo do útero (7,0%), pulmão (6,0%) e tireoide (5,4%), respectivamente.

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente 29 procedimentos de PICS à população. As PICS não substituem o tratamento habitual, funcionam como um complemento no tratamento e são indicadas por profissionais específicos de acordo com cada situação.

Fazem parte da lista: Apiterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Dança circular, Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de mãos, Medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde, Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonioterapia, Plantas medicinais – fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Terapia de florais, Termalismo social/crenoterapia e Yoga.

As PICS já estão presentes em quase 54% dos municípios brasileiros (3.173 cidades) na rede pública de saúde. Dados do Ministério da Saúde contabilizam 2 milhões de atendimentos das PICs nas Unidades Básicas de Saúde, mais de 1 milhão de atendimentos na Medicina Tradicional Chinesa – incluindo acupuntura, 13 mil de homeopatias e 5 mil fitoterapias.

Em 2007, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o Reiki como tratamento auxiliar da dor. Em 2017, foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) pelo Ministério da Saúde.

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Autor: Evandro Tosin - jornalista
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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