Concurso Cultural - História de Polo

O jeitinho mineiro do polo de Itajubá

Autor: Raniere Andrey Aureliano Gonçalves – Letras (Itajubá – MG)

Apesar de Itajubá encontrar-se no território do Estado famoso por suas ricas minas, esse município, antes mesmo de nascer legalmente como cidade (em 1862), já havia deixado de ser alvo de explorações auríferas. No entanto, mesmo não tendo mais quantidades significativas do metal precioso que justificassem a investida de explorações, essa cidade já possuía — e ainda possui — a maior e melhor de todas as riquezas: o conhecimento.

Conhecimento este que, em sua essência, pode-se reconhecer pela simples manifestação do pensar e compreender — a razão —, que pôde ser notada desde tempos distantes na história de Itajubá. Como, por exemplo, no ato de libertação dos escravos antes mesmo de ser decretada a Lei Áurea.

Essa talvez tenha sido a primeira manifestação de sua existência — da razão — naquela cidade, e, desde então, a semente da razão encontrou uma terra fértil em Itajubá, criou raízes, que se aprofundaram em seu solo. O conhecimento emergiu com forte tronco e ramos, que deram ótimos frutos, estes que podemos ver na vasta gama de universidades que nutrem o intelecto dos itajubenses.

Sabemos que frutos de qualidade, consistentes e nutritivos, são os mais procurados — por uma razão lógica, todos querem o que é bom. Mas não costumam ser muito acessíveis, quer pelo preço, quer pela região onde possam ser encontrados. É nesse ponto que se inicia a história do conhecimento de qualidade e acessível — considerando preço e distância (EAD tudo resolve!) — que a Uninter, por meio do senhor Luiz Henrique Brochetto, 56 anos, gestor de polos educacionais, presenteou à bela cidade de Itajubá.

Nascido na cidade de Ribeirão Preto (SP), Luiz sempre estudou em escolas públicas, tendo pago apenas um cursinho pré-vestibular que viabilizou seu ingresso no ensino superior pela Unifei (Universidade Federal de Itajubá), formando-se em Engenharia Eletrônica no ano de 1988. Após formado, entre idas e vindas por motivo de trabalhos, Luiz retornou para Itajubá no ano de 1999 em razão de uma nova proposta de emprego para atuar como professor; e, desde então, floresceu nele a ideia de empreender na área da educação.

Fundado no ano de 2002, o Instituto Livre Ofício foi o primeiro empreendimento educacional de Luiz Brochetto, que iniciou suas atividades oferecendo os cursos de Manutenção de Computadores e Redes de Computadores. Três anos depois, com o Decreto 5.622/2005 — atualmente substituído pelo Decreto nº 9.057/2017 —, em que o MEC reconhecia os cursos de EAD, Luiz viu a oportunidade de sua vida. Ao mesmo tempo, para garantir o sucesso de seu empreendimento, iniciou seu mestrado em Engenharia de Produção, também na Unifei — e olha só o título da dissertação de conclusão de mestrado do Luiz: “Cenários lógicos e intuitivos para um polo de educação à distância”.

Após aprimorar sua qualificação, Luiz planejou com cuidado o segundo passo do Instituto Livre Ofício, e esse veio a ser o mais importante, pois foi o início de sua parceria com o grupo Uninter, na época, constituído pelas instituições Facinter e Fatec.

Logo no início Luiz já pôde ver todo o potencial dessa parceria que havia feito, em razão de contar com mais de 200 itajubenses inscritos nos primeiros meses de funcionamento. E a procura pelos cursos semipresenciais oferecidos era tanta, não só em Itajubá, mas em toda aquela região, que motivou Luiz a criar mais dois polos de ensino nas cidades vizinhas, um na cidade de Santa Rita de Sapucaí, e outro em Pouso Alegre.

Os cursos oferecidos no polo Livre Ofício iniciaram na modalidade semipresencial, e isso foi em razão do receio que muitos alunos possuíam, pois nunca haviam experimentado o ensino a distância — convenhamos, era uma reação bem compreensível, uma vez que, na época, a modalidade era pouco conhecida no Brasil, e havia acabado de ser aprovada pelo MEC. A Uninter e o Luiz já possuíam esse feeling, eles sabiam que a confiança nos cursos precisava ser construída pouco a pouco, por isso iniciar com o semipresencial. Com o passar do tempo, a confiança dos itajubenses foi conquistada, e os cursos seguiram cada vez mais para sua verdadeira essência, a EAD.

Umas das alunas que passou a confiar na modalidade foi Camilla Vieira Azevedo, 30 anos, que cursou Pedagogia na Uninter: “Antes eu tinha muito preconceito sobre a educação a distância. Eu achava que a educação EAD não era de qualidade. Hoje em dia o meu conceito sobre EAD mudou totalmente, pois para fazer EAD o aluno precisa ter uma disciplina pra estudar igual a universidades presenciais. E a educação a distância oferece uma ótima qualidade de ensino”.

Todo o empenho de Luiz, o gestor, resultou em grandes benefícios aos alunos que frequentaram o polo de Itajubá, que hoje prestam seu reconhecimento. “Sobre os profissionais, eu não tenho o que reclamar, pois mesmo quando eles não sabiam como tirar as minhas dúvidas, eles se informavam para poder me ajudar. Então fui muito bem acolhida na Uninter”, conclui Camilla.

Muitos outros alunos, como Tiago Donizetti da Silva, 23 anos, também puderam provar da qualidade de ensino promovida por Luiz e toda sua equipe. Tiago cursou Gestão de Segurança Privada, e atualmente faz pós-graduação em Gestão e Inteligência na Segurança Privada, também no polo de Itajubá, visando, com toda essa sua bagagem e ainda estudos específicos, mudar sua área de atuação. Ele deseja prestar o próximo concurso da Polícia Militar de Minas Gerais. “Para mim, estudar a distância foi ótimo, pois se não fosse assim eu não teria me formado, pois não poderia deixar de trabalhar para estudar, se não as coisas em casa ficavam piores, pois ajudo meus pais.” Tiago falou um pouco sobre seus tutores: “Tudo que eu precisei, todas as dúvidas, datas de provas para marcar, fui bem atendido, meus tutores sempre entrando em contato, perguntando como que estava o curso, se eu tinha dúvidas. O pessoal do polo, na parte da secretaria, muito educados, atenciosos. Uma ótima faculdade!” E concluiu dizendo: “A Uninter é tão boa que minhas duas irmãs estudam lá também. E agora, meu irmão, eu convenci ele a entrar essa semana.”

Por fim, vale a pena constar a opinião do próprio Luiz, que além de gerenciar os três polos (Itajubá, Pouso Alegre e Santa Rita), também já cursou diversas pós-graduações com a Uninter, e ainda fez sua segunda graduação, em Administração: “A qualidade da educação a distância tem muito mais a ver com a instituição, não com o modelo de educação. A seriedade com que é feito o curso é o que vale, a seriedade da própria instituição.”

E assim, a Uninter Itajubá vem crescendo e promovendo grandes avanços para a cidade, ampliando sua gama de cursos, democratizando o ensino superior e qualificando seus cidadãos. Já são 889 graduados — que somados às outras duas unidades aproximam-se de 3 mil.

Itajubá e o polo de Luiz são tão acolhedores que eu mesmo, morando em Campinas (SP), decidi fazer minha graduação em Letras no polo local da Uninter. Assim, dou meu jeito para ir lá quando preciso e sempre aproveito a viagem. Como diz Gildes Bezerra, autor do hino da cidade: “Terra querida\ Simples e amiga\ Que faz de todo cidadão\ Um novo irmão dos filhos seus”.

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Autor: Raniere Andrey Aureliano Gonçalves – Letras (Itajubá – MG)
Revisão Textual: Jeferson Ferro


1 thought on “O jeitinho mineiro do polo de Itajubá

  1. Adorei a matéria publicada de nosso polo de Itajubá MG. Ficamos muito felizes com todas as pessoas que estão se capacitando em nível de graduação ou pós-graduação. Estamos fazendo diferença na construção de um país melhor.

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