Nova gestão visa reduzir o lixo em 50% nos aterros sanitários

Polêmicas envolvendo aterros sanitários em todo Brasil são recorrentes, devido aos impactos que causam ao meio ambiente e à saúde.  Pensando nisso, após um ano de estudos, a Prefeitura de Curitiba anunciou, no último dia 22, um novo modelo de gestão de lixo que deve ser implantado a partir de 2017 na capital.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Lima, uma das novidades será o Tratamento Mecânico e Biológico, também chamado de biossecagem, processo que consiste em fazer a separação dos tipos de lixo recolhido. Primeiramente serão retirados os materiais de ferro e a água dos resíduos. Depois serão retirados os materiais com potencial combustível, que servirão de auxílio em fornos de indústrias de cimento, e o restante será compactado e enviado ao aterro sanitário. Lima destaca que o processo visa reduzir em 50% a quantidade de resíduos nos aterros.

Augusto Silveira, coordenador dos cursos de pós-graduação na área ambiental da UNINTER, reforça que o novo formato de gestão será positivo, porém destaca que a população precisa auxiliar neste processo. “A redução na etapa de destinação final contribui diretamente para a melhoria na qualidade de vida da população, mas para que este processo ocorra, a gestão dos resíduos deve ser pensada desde o momento da geração destes materiais e nas escolhas diárias que contribuem para a redução de descartáveis. Por isso a sensibilização e participação das pessoas é fundamental”, explica.

Etapas para escolha das empresas

Essa gestão será a primeira Parceria Público-Privada (PPP) da cidade. Envolve o International Finance Corporation (IFC), um braço do Banco Mundial e técnicos da prefeitura.

Serão duas empresas escolhidas para realizar os serviços: uma para a limpeza pública, coleta e separação dos resíduos e outra que cuidará do tratamento dos resíduos. O primeiro passo para a escolha das empresas será uma consulta pública realizada na internet com a população, durante o mês de julho, para que a pessoas possam opinar sobre a nova gestão.

Na sequência será realizada uma licitação internacional para a escolha da empresa que fará a limpeza pública e a coleta e separação dos resíduos, que está prevista para o segundo semestre deste ano. O próximo passo, previsto para o ano que vem, será a licitação, também a nível internacional, para escolha da empresa responsável pelo tratamento dos resíduos.

 

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