Mudanças tecnológicas pedem educação participativa e questionadora

Autor: Karla Marcolin - estagiária de jornalismo

Aprender não é uma tarefa fácil. O sujeito que decide elevar o seu nível de conhecimento necessita ter motivação, disciplina e consciência de que o aprendizado é primordial para o crescimento pessoal e profissional.

As formas pelas quais o aprendizado acontece podem ser diversas. Para o educador Paulo Freire, o ensino deve ser menos domesticado, com mais autonomia e liberdade. Aprender, então, seria uma aventura criadora.

A visão freiriana da educação é abordada no artigo Aprendizagem não domesticada: uma interpretação de Paulo Freire de autoria de Carlos Eduardo de Castro, publicado no Caderno Intersaberes, um dos oito cadernos acadêmicos da Uninter em 2021.

Aprender não pode ser um processo de domesticação, no qual o professor narra e o aluno escuta e assimila, sem participação e reconhecimento. A aprendizagem deve ser participativa e consciente, e todo o procedimento exige ser conduzido pelo docente e vivenciado pelo discente, ou seja, o ensino precisa ser encarado como via de mão dupla, na qual todas as partes se complementam.

É notório, que o aluno necessita ser evidenciado como protagonista na aprendizagem e, desta forma, recusar o ensino bancário – aquele em que o professor vê o aluno como depósito de conhecimento – já que este método tem o objetivo de domesticar e mitigar a criatividade do educador e do educando.

Constantemente, ouvimos gestores e professores reclamando do desinteresse, desrespeito e baixo rendimento dos alunos.

Diante disso, os autores do artigo apontam a necessidade de modificações nos métodos de ensino brasileiros. Esta nova geração, intitulada de Geração Z, está imersa nos avanços tecnológicos, alta conectividade com pessoas de grande responsabilidade social, sendo avessos aos modelos tradicionais e possuem dificuldades em focar em uma tarefa só. Assim, desafiando os mais experientes profissionais da área, que devem autoavaliar e repensar as atuais metodologias, desenvolvendo novos caminhos, o avanço tecnológico mostra que tais caminhos podem ser percorridos de forma eficiente.

Os mecanismos a que estes jovens estão expostos mudaram, novas formas de aprendizagem foram reveladas. As mudanças nas tecnologias educacionais, aliadas a o acesso instantâneo à informação reforçam a necessidade de readequação.

O artigo destaca que o ensino deve ser encarado como responsabilidade da equipe gestora, de professores e de alunos através de políticas públicas. Tendo o aluno em um papel de destaque e responsável pela sua formação.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Karla Marcolin - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *