Mortes por febre amarela sobem para 292

 

Heloisa Alves Ribas

Em boletim divulgado na terça-feira (21), o Ministério da Saúde confirmou a morte de 97 pessoas e a infecção de outras 292 em decorrência do surto de febre amarela no país. Minas Gerais concentra o maior número de casos, com 249 confirmados e 84 mortes. Outros cinco estados (ES, SP, BA, TO e RN) têm casos suspeitos sob investigação.

A febre amarela é uma doença infecciosa grave que pode ser transmitida pela picada de mosquitos como o Aedes Aegypti. Na maioria das vezes a doença causa sintomas como dor abdominal, dor de cabeça e febre, mas pode ser curada dentro de duas semanas. Quando se torna mais grave, pode resultar em casos de insuficiência hepática e renal, causando a morte.

“Diante desta realidade, houve uma preocupação por parte da população em relação aos macacos [com possibilidade de estarem] contaminados, que poderiam transmitir a doença. Na área rural, muitos moradores começaram a matar esses animais”, diz Rodrigo Berté, diretor da Escola de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.

Esta inquietação com a morte dos animais começou depois da divulgação de que cerca de 340 macacos haviam morrido no Sudeste do Brasil com suspeita de febre amarela. “Mas o problema é basicamente a falta de informação, pois, na verdade, o macaco não transmite a doença e a sua morte contribui para o desequilíbrio ecológico do local. O fato de esses animais serem ‘bioindicadores’ da doença, de servirem como sinal de alerta, fez com que muitos considerassem eles como a causa”, explica Berté.

Segundo o Boletim Epidemiológico do Portal Brasil, divulgado na segunda-feira (20), o principal meio de combate à doença é a vacinação. O imunizante já é encontrado nos postos de saúde através do Sistema Único de Saúde (SUS). A população estará protegida por meio de uma aplicação, sendo necessária uma segunda dose após dez anos.

Edição: Mauri König

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