Maratona de sustentabilidade debate matriz energética brasileira

Autor: Poliana Almeida – Estagiária de Jornalismo

Dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU, o número 7, Energia limpa e acessível, é aquele em que o Brasil mais se destaca. É o que explica o coordenador dos cursos de Engenharia de ProduçãoEngenharia da Computação e Engenharia Elétrica da Uninter, professor Marcos Proença.

Segundo dados do Balanço Energético Nacional de 2021, as energias não-renováveis ainda são maioria no país, sendo 51,6% de toda matriz energética brasileira, enquanto as renováveis representam 48,4% do total. “A Biomassa de cana (19,1%), por exemplo, além de trabalhar como combustível, hoje também é uma fonte de energia elétrica. Essa fonte renovável já superou a hidráulica, que é 12,6%”, descreve Marcos.

O coordenador projeta que energias como a solar e o biogás estão em crescente desenvolvimento e aceitação da população, graças aos incentivos governamentais envolvendo as fontes renováveis. “A grande aposta na nossa matriz energética é solar e biogás. Aqui no Brasil tem sol para todo lado, e o biogás pode vir de fazendas e também gera fertilizantes”, garante.

Entretanto, não devemos deixar de considerar que houve uma mudança significativa no clima, o que acabou deixando-o mais seco. Com poucas chuvas, os níveis dos reservatórios ficaram abaixo do esperado, o que, consequentemente, afeta a produção das hidrelétricas e aumenta o risco de apagões.

Uma solução para evitar esse transtorno vem do século 19. A Guerra de Energia, como ficou conhecida, foi a disputa entre Nikola Tesla e Thomas Edison. Edison era defensor ferrenho da utilização de corrente contínua para a distribuição de eletricidade. Tesla, por sua vez, apostava na corrente alternada. Apesar do Tesla ter “vencido” essa batalha, foi Thomas Edison quem distribuiu a corrente contínua, isso possibilitou que cada unidade pudesse gerar energia por si só, ou seja, era possível produzir uma energia de curto alcance.

Logo, podemos aplicar isso em uma situação prática: “Quando você faz uma geração localizada com um pequeno gerador a base de biogás, por exemplo, a energia produzida pode ser distribuída para sua casa. Com isso, você deixou de consumir diretamente da rede. E isso resulta em uma diminuição de custo. E a tendência é que cada vez mais isso se torne uma constante”, explica Marcos.

“A energia elétrica, que é a energia do futuro, se preocupa com essa diminuição dos níveis nas hidrelétricas. A gente tem que usar mais matrizes de energia elétrica sustentáveis. Mas podemos retomar ao conceito de Thomas Edison, porque a gente precisa de mais energia onde a gente é mais forte. E onde somos mais fortes? Na agroindústria. Isso significa que se diminuir o consumo de energia, dá para dar um apoio ao crescimento industrial e auxiliar no desenvolvimento do próprio país”, finaliza o coordenador.

Marcos Proença debateu o tema Qual o futuro da nossa matriz energética? ao longo da 2ª Maratona da sustentabilidade da Uninter. O evento, mediado por André Pelanda, que atua na Escola Superior de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades, está disponível no Facebook e no canal do YouTube da Uninter.

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Autor: Poliana Almeida – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay e reprodução


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