Manter a motivação é a chave para alcançar seus objetivos

Autor: Matheus Pferl - Estagiário de Jornalismo  

Pessoas motivadas tendem a se sentir felizes e orgulhosas, pois são capazes de articular muito bem o prazer e o propósito. Desejamos realizar algo que satisfaça nossa preferência pessoal, algo que nos transmita a sensação de missão cumprida, que nos desperte o sentimento de importância para os outros e para o mundo, e que nos leve à felicidade. No entanto, quando não há essa conexão, há uma tendência à negatividade, o que pode nos aproximar da frustração, da tristeza e da depressão.

Na última quarta-feira, 14.abril.2021, a Escola de Saúde, Meio Ambiente, Sustentabilidade e Humanidade da Uninter promoveu uma live especial com a professora Giseli Cipriano Rodacoski, debatendo sobre como gerenciar os elementos que levam à motivação, e como manter essa conexão a médio e longo prazo.

Antes de tudo, temos de olhar para a realidade de cada um. Nos estudos, por exemplo, as coisas funcionam de maneira diferente para um aluno que ingressou na faculdade direto do ensino médio e para um aluno que parou de estudar e depois de anos voltou para a graduação. O ritmo é diferente, a disponibilidade e as responsabilidades também. Dependendo da idade, do momento da vida, há diferenças na questão motivacional e de satisfação.

Também devemos entender as diferenças entre prazer e propósito, para poder avaliar nossa caminhada e nosso estado de motivação. Prazer é tudo aquilo que gera uma satisfação imediata. Quando você está com fome e pede sua comida favorita, quando você está com seus amigos ou família, quando temos um dia livre para ir à praia, jogar futebol – tudo isso é prazeroso. O prazer é rapidamente alcançado e dura pouco.

É importante ter cuidado pois há prazeres que causam danos e podem levar ao vício, assim funciona o vício do álcool e das drogas. “Nós precisamos de atitudes prazerosas na vida, mas precisamos escolher bem qual é esse prazer”, afirma Gisele.

Já o propósito é alcançado no médio e longo prazo, como por exemplo na realização de um curso de nível superior. A busca por esse objetivo exige todo um sacrifício. Acordar cedo, ler, estudar, fazer prova, e manter essa rotina durante 4 ou 5 anos não é fácil. Muitos desistem e adotam em seu lugar a busca pelos prazeres, deixando esse momento de satisfação impedir que se aproximem do seu propósito. Portanto, é necessário entender quais são seus prazeres e seus propósitos para poder alcançá-los.

Devemos ter um equilíbrio entre prazer e propósito. Ajustar nossas expectativas entre o que é realmente possível, especialmente neste momento de pandemia. “Vamos ajustar, talvez não seja possível nesse momento você dar conta de tudo. O que é possível realizar? Algumas coisas podem ficar para um momento mais favorável. É importante ter propósitos que se enquadrem na sua realidade”, completa Gisele.

A professora afirma que é preciso avaliar se o propósito desejado está ao seu alcance, para que não ocorram frustrações: “Quando se colocam objetivos inalcançáveis, ou algo muito distante, se o objetivo for apenas o seu diploma, por exemplo, e isso só vem daqui a 5 anos, logo vem a frustração. É importante traçar pequenos objetivos, cumprir os prazos, ir alcançando passo a passo”, completa.

Outro ponto a se destacar é separar as coisas importantes, as urgentes e circunstanciais. Urgente é para o hoje, algo que tem um prazo muito próximo, imediato. Importante é o que tem que ser feito em um período curto, está perto, você tem que fazer, mas não é para o imediato. O estresse acontece quando as coisas se tornam urgentes. Por vezes nos ocupamos com atividades circunstanciais, que são os prazeres, e isso acaba atrapalhando a realização das atividades importantes. Temos que pensar se esses prazeres estão nos ajudando ou nos atrapalhando neste processo.

Todo dia devemos nos aproximar passo a passo daquilo que é importante, ir alcançando aos poucos. É importante equilibrar atividades de prazer com objetivos importantes do seu propósito, o prazer e o propósito devem andar lado a lado. Se você se dedicar só ao prazer e esquecer o propósito, ou se você se dedicar somente ao propósito e esquecer o prazer e as suas vontades, não irá conseguir, não será feliz. Os extremos não levam à felicidade, é necessário buscar o equilíbrio.

Às vezes temos que fazer as coisas pela necessidade, mesmo sem estar com vontade. Isso faz parte da vida adulta, são sacrifícios que nos colocam mais próximos dos nossos desejos, e a satisfação de alcançar um propósito é algo maravilhoso, de olhar a trajetória e sentir que valeu a pena, que todo o esforço e sacrifício foi recompensado.

É importante também gerenciar seus pensamentos para ajudar nas tarefas, trocando um pensamento disfuncional por um funcional. O pensamento disfuncional é aquele pensamento negativo que não te ajuda e não te motiva a tomar uma ação. Já o pensamento funcional é aquele que mesmo diante da incerteza e da dificuldade, te motiva a tentar, a conseguir, a acreditar na sua capacidade. A motivação é maior quando a tarefa é alcançável, e o pensamento pode ser modificado para trabalhar a seu favor.

Há de se ter um cuidado com pensamentos disfuncionais para não gerar uma procrastinação. Se o pensamento for sempre negativo, de incapacidade, você não irá fazer a tarefa, acaba se tornando uma procrastinação infinita.

Além disso, é importante gerenciar e planejar suas tarefas, mas apenas a gestão do tempo não é o suficiente, é preciso ter clareza do que você quer alcançar. É pensar de onde você veio, onde você está e onde você quer chegar, e sempre equilibrar o prazer e a necessidade para alcançar a felicidade.

Gisele afirma que por vezes temos que fazer coisas mesmo sem ter vontade, e que as ações vão atrair motivação: “Quando não se está motivado, faça mesmo sem desejar, mas faça. Não espere a vontade chegar, faça sem vontade mesmo. A motivação te acompanha, a motivação vai junto com você. Ela não te chama, é você que tem que chamá-la, não é pela vontade, é pelo comportamento”, ressalta

A professora finalizou sua fala elencando algumas dicas importantes:

  • Ajuste suas expectativas ao que é humanamente e realmente possível nesse momento.
  • O importante é agir na direção do que é importante, passo a passo.
  • Faça nascer agora a pessoa que você quer ser em 2025.
  • O melhor jeito de mudar um sentimento é mudando o comportamento.
  • Identifique seus fatores de risco e de proteção.
  • Para diminuir a ansiedade, gerencie seus pensamentos.
  • Seu cérebro precisa de comando, você é o comandante.

Você pode acompanhar a gravação completa do evento pelo Youtube ou pelo Facebook oficial da Uninter.

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Autor: Matheus Pferl - Estagiário de Jornalismo  
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Tumisu/Pixabay


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