Mais de 3 milhões de alunos não tiveram acesso à internet durante a pandemia

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2021, 7,28 milhões de famílias ainda permaneciam sem conexão de internet em casa. Isso representa cerca de 28 milhões de brasileiros acima dos 10 anos de Idade.

A dificuldade de acesso às redes dificulta não só atividades cotidianas como também o processo educacional de muitas pessoas. Isso porque, de acordo com o levantamento, 3,6 milhões do total de pessoas sem acesso à internet no ano passado eram estudantes.

Os excluídos virtuais, em sua maioria, residem em áreas rurais e frequentam o ensino na zona rural. O alto custo para se ter uma boa internet em casa e nas escolas, aliado à falta de preparo de professores para lidar com a modalidade de ensino a distância, dificultam as pretensões de acompanhar os moldes nacionais de educação.

Durante a pandemia, o governo brasileiro adotou o sistema de educação remota, por meio de transmissões pela TV aberta e aulas online por plataformas de rede. Com a falta de aparato e de preparo, muitos foram os alunos prejudicados durante o período.

Como consequência desse contexto, o levantamento da organização “Todos Pela Educação”, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), mostra que 244 mil crianças de 6 a 14 anos estavam fora do sistema educacional em 2021. A evasão escolar apresentou um aumento de 171% em relação a 2019, antes do surto da covid-19.

A Doutora em Educação, na linha de Cultura, Escola, Ensino na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Helenice Ramires Jamur, afirma que o despreparo relacionado à educação a distância ficou escancarado durante a pandemia.

Além de professora, Helenice fundou e coordena a Central de Mediação Acadêmica da Uninter. Desde 2016, o setor é responsável pela orientação acadêmica de alunos e polos, assim como pelo acolhimento de alunos calouros da instituição.

“Algo que já tínhamos sinalizado é que os professores da educação básica precisavam de uma formação para o uso das tecnologias. As dificuldades não foram poucas durante o isolamento”, afirma Helenice.

Em sua visão, o educador precisa refletir e dialogar com seus alunos e a sociedade. Para isso, é fundamental a capacitação de professores e alunos e o acesso à tecnologia que os permita desenvolver um processo adequado de aprendizagem.

“Precisamos ter um olhar mais profundo acerca do acesso à tecnologia por parte dos alunos”, ressalta.

Helenice Ramires Jamur foi a convidadas do programa F5!, exibido pela Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança e pela Escola Politécnica da Uninter em 18 de novembro de 2022.

Apresentado pelo professor da Escola Politécnica da Uninter, Guilherme Lemermeier Rodrigues, o programa abordou os aspectos da educação a distancia e seus desafios no mundo atual.

Assista ao programa F5! Pelo canal de Youtube da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança e da Escola Politécnica da Uninter.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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