Luz que passa de mãe para filha

Autor: Nayara Rosolen - Jornalista

Cerca de 50 estudantes de seis superpolos da Uninter participaram da 2ª edição da Cerimônia de Passagem da Lâmpada do curso de bacharelado em Enfermagem. O evento marca a transição dos alunos do cenário teórico para o prático e foi realizado em 13 de maio de 2023, na sequência da 2ª Semana de Enfermagem.

As estudantes Maeli Ramos e Dagmar Silva representaram a primeira turma, realizada em dezembro de 2022, e fizeram a passagem da lâmpada para o estudante Pedro Faria, que representou a turma atual do superpolo da capital paranaense. Ao mesmo tempo, Letícia Dias, Manoela Souza, Maiara Santos, Nilzilene Silva e Catiéle Brum também receberam a lâmpada e representaram suas turmas nos polos de São José dos Campos (SP), Brasília (DF), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), respectivamente.

A cerimônia aconteceu de forma presencial no auditório do campus Garcez da Uninter, e foi transmitido por meio do AVA Univirtus para todos os polos de apoio presencial (PAP). O diretor da Escola Superior de Saúde Única, Cristiano Caveião, a coordenadora do curso de Enfermagem, Deisi Benedet, a coordenadora de aulas práticas e estágio, Louise Scussiato, e as professoras Denise Batista e Elaine Gracia estiveram presentes no evento, que foi conduzido pelo professor Reuber de Sousa.

O corpo docente, assim como Dagmar e Maeli, foram os responsáveis por colocar o bottom da lâmpada em cada um dos estudantes presentes na cerimônia, agora prontos para atuar na prática. Entre eles, a estudante Elizandra Ramos, filha de Maeli. No final de semana do Dia das Mães deste ano, comemorado em 14 de maio, elas tiveram a oportunidade de viver o momento juntas.

“É muito especial, principalmente por ela fazer a cerimônia da passagem para mim. Até porque, como ela já tem formação na área da saúde, é como se fosse o aval dela para que eu consiga caminhar agora na prática com excelência, como se ela dissesse ‘agora é a sua vez de caminhar’”, afirma Elizandra.

Maeli já tem formação em Fisioterapia, mas quando Elizandra decidiu ingressar na graduação em Enfermagem, a mãe embarcou junto no desafio. Com o avanço nas disciplinas, Maeli realizou a passagem da lâmpada primeiro, mas ambas já atuam na área da saúde na Secretaria de Saúde de Rio Branco do Sul (PR), nos departamentos de fisioterapia e vigilância.

“Como mãe, é muito orgulho fazer essa passagem para ela e dar essa bênção para que possa cuidar e acolher da forma como muitas das vezes a gente já tem feito na prática”, declara Maeli.

Destaques e melhores desempenhos  

Dagmar já atua há mais de 20 anos em unidades de pronto atendimento (UPA) e em unidades básicas de saúde (UBS). Há dois anos na UPA do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, ela garante que este momento em que os estudantes passam do cenário teórico para o prático “é um mundo a descobrir”, e que a partir de agora vão ver “na real como é o atendimento de um paciente”. Dagmar foi a aluna destaque na primeira edição do evento e recebeu um kit prático.

“Exige bastante do aluno, mas é bem gratificante porque o cuidar é muito bom, ser reconhecido referente a isso. Todas as expectativas que a gente tem está conseguindo sanar, conseguindo melhorar como pessoa também, porque o curso de Enfermagem ensina isso. E os professores, o corpo docente, são pessoas muito boas, profissionais excelentes, que só exaltam o aluno e exaltam o curso. Só tenho a agradecer mesmo”, garante Dagmar.

Marriane da Silva, vinculada ao superpolo de Curitiba, foi o grande destaque com o melhor desempenho de sua turma no curso e recebeu um kit prático com materiais de apoio à trajetória acadêmica do aluno e para a prática profissional. As estudantes Fabiana Cerquearo (PAP São José dos Campos), Renata Natal (PAP Brasília), Janaina Moser (PAP Porto Alegre), Daniela Ribeiro (PAP São Paulo) e Jessica dos Santos (PAP Belo Horizonte) também receberam o kit pelo melhor desempenho em suas respectivas turmas.

Sobre o evento

Símbolo da Enfermagem, a lâmpada faz referência à enfermeira Florence Nightingale. A voluntária, que nasceu em 12 de maio de 1820, trabalhou durante a Guerra da Crimeia e, durante a noite, realizava vigília aos soldados feridos levando em mãos uma lanterna. As medidas de higiene e conforto implementadas por Florence impactaram na redução de mortalidade dos feridos e doentes nos hospitais de campanha.

“O nosso objetivo é que aconteça sempre uma vez ao ano esse evento, para que a gente possa realmente marcar a trajetória do aluno quando ele sai das aulas práticas de laboratório e vai para o ambiente profissional para a realização das suas práticas. Seguindo o nosso contexto histórico, acompanhado sempre por Florance Nightingale. Não podemos deixar a essência da Enfermagem parada e, sim, colocá-la realmente em prática para que todos incorporem dentro da nossa profissão”, afirma o diretor Caveião.

Durante o cerimonial, as professoras coordenadoras Deisi e Louise realizaram uma palestra sobre o “Cuidado de enfermagem” e a correlação do significado do cuidado na profissão e como a luz simbolizada pela lâmpada se relaciona com a prática do enfermeiro. As profissionais enfatizaram a necessidade do cuidado humanizado para além dos processos técnicos.

“Temos valores a zelar, a resgatar, então precisamos sim muito de todo conhecimento, de toda a parte técnica, mais objetiva, para desenvolver os procedimentos, desenvolver a prática. Mas também precisamos desse componente humano muito presente. É isso que faz o nosso diferencial, essa complementação e o equilíbrio entre essas duas dimensões”, salienta Deisi.

A coordenadora destaca que o corpo docente tem buscado fomentar os valores genuínos da profissão, como a cerimônia de passagem, para que os estudantes tenham clareza do que é ser enfermeiro e o porquê fazer Enfermagem.

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Autor: Nayara Rosolen - Jornalista
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Nayara Rosolen


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