Luiz Guieseler aposta no acolhimento para a inclusão e conquista prêmio

Autor: Nayara Rosolen - Jornalista

Luiz Carlos Guieseler Junior foi contemplado com o 19º Prêmio Professor Inclusivo. O docente do curso de Direito da Uninter atua na instituição desde 2011 e foi escolhido pelos estudantes com deficiência vinculados ao Serviço de Atendimentos aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (Sianee). A cada semestre, o setor premia o professor do centro universitário que mais se destaca nas práticas de ensino e aprendizagem, como forma de reconhecimento e também de incentivo para que os demais profissionais adotem métodos de inclusão para acolhimento dos alunos.

O professor recebeu o certificado das mãos do reitor da Uninter, Benhur Gaio, no dia 27 de março de 2024, na sala do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), no campus Divina Providência. Marcaram presença também a diretora da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança, Débora Veneral, e a coordenadora do curso de Direito, Tiemi Saito. Assim como a coordenadora do Sianee, Leomar Marchesini e os auxiliares de serviços de inclusão, Mauricio dos Santos e Evellen Morais.

“É uma gratificação para o professor que, ao mesmo tempo, se torna exemplo para que outros também se dediquem ainda mais ao atendimento do aluno que apresenta uma deficiência. Nós já formamos vários em Direito, o que é uma grande alegria. Para nós, é sempre muito gratificante esse momento da entrega”, afirma Leomar.

Luiz diz que se sente duplamente feliz. Primeiro por ser uma referência para os alunos que o escolheram e também porque é perceptível que a instituição trabalha com a preocupação “tão forte, viva e atuante” para receber e acolher pessoas com deficiência. De acordo com o professor, não é algo que faz pensando em ser louvado, mas busca sempre estar acessível para o acolhimento.

“Acredito que isso é um incentivo também para as pessoas que querem, de algum modo, estudar e fazer a diferença na própria vida, porque o estudo é o que transforma. As pessoas com deficiência já têm dificuldades tão significativas e saber que tem uma instituição que vai acolher e que vai, de fato, dar todo esse suporte, é muito importante, me deixa muito feliz”, declara o professor Luiz.

Para o docente, existem algumas nuances na sala de aula em que os profissionais podem estar atentos. No caso dele, há a característica de lecionar no quadro e não por slides, por isso é conhecido como “o professor do ditado”. Para pessoas cegas, por exemplo, isso pode ser uma alternativa para melhor aprendizagem. No entanto, Luiz salienta que, independente de qual seja a dificuldade, o importante é dar acolhimento e espaço para diálogo.

“É sempre uma honra participar e ver nossos professores despontando no prêmio. A Uninter tem esse selo por se tornar, de fato, uma referência. Temos muito orgulho dos nossos alunos. Além de ser muito esforçados, entre todas as dificuldades que passam, chegam aqui e são acolhidos pelos nossos professores. Percebemos como isso faz a diferença na aprendizagem e na vida deles, que acabam levando para a carreira profissional. É motivo de muito orgulho”, salienta a coordenadora do curso de Direito, Tiemi Saito.

A diretora Débora destaca o excelente trabalho realizado pelo Sianee, que “não só no curso de Direito, em Curitiba, mas em termos de Brasil, enquanto setor e área inclusiva, trazendo os estudantes para o reconhecimento de que eles têm um lugar próprio, com um olhar próprio, cumprindo as questões dos direitos e garantias fundamentais, dos direitos humanos. Eu fico muito feliz, porque os nossos professores têm esse viés porque nós trabalhamos de modo a incluir o estudante em todos os momentos, seja no presencial, na educação à distância, e fazer com que a Uninter realmente se diferencie no Brasil e no exterior nesse sentido”.

Leomar lembra do prêmio Viva Inclusão, que o Sianee recebeu em 2018 da Assessoria dos Direitos da Pessoas com Deficiência da Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), em reconhecimento a boas práticas pela igualdade de direitos desenvolvidas na cidade. Segundo a coordenadora, na época a banca examinadora indicou que todas as instituições tivessem um setor com as mesmas características.

“Há uma percepção dos estudantes com deficiência das práticas pedagógicas do professor que são acessíveis. Muitas vezes, o professor é excelente, mas ainda não se ateve a alguns fatores muito pontuais. Os alunos observam a preocupação do professor com a acessibilidade de comunicação e formação, é muito importante mostrar isso. O estudante observa, avalia e reconhece bem ao professor que mais se interessa nessa promoção dos recursos diferenciados”, conclui a coordenadora do Sianee.

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Autor: Nayara Rosolen - Jornalista
Edição: Larissa Drabeski


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