Internet das Coisas abre novas oportunidades para empresas

Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo

A Internet das Coisas (IoT) consiste na rede de objetos físicos – “coisas” – que podem ser conectadas através de sensores, chips e softwares. São objetos, domésticos ou industriais, que funcionam de maneira mais inteligente por meio da troca de informações com pessoas e outros objetos. Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a redução de barreiras regulatórias à expansão da IoT no Brasil, fazendo com que os serviços prestados por dispositivos desta categoria tenham carga tributária menor se comparados aos de telecomunicações.

A ampla expansão e utilização destes dispositivos em mercados emergentes foi tema de uma das palestras da Maratona Venda + na Black Friday da Uninter, realizada no dia 27 de novembro. Os mediadores, professores Armando Kolbe Junior e Cristiana Thrun, receberam dois profissionais da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar): André Teles e  Alexandre de Souza Falcão.

O termo “mercados emergentes” está atrelado à cultura da inovação. Uma cultura que sofreu uma transformação grande, decorrente da pandemia. “A gente vive um momento em que a pandemia acelerou todos os processos relacionados à transformação digital nas empresas e, consequentemente, no governo e nos próprios cidadãos. Quando falamos em cidades inteligentes, temos que pensar que temos um cidadão 4.0, que busca resolver seus problemas por meio da internet e de serviços digitalizados”, afirma André.

O especialista explica que as empresas com um viés competitivo entendem que é necessário estar sempre promovendo a inovação. Essa busca por novas ideias pode ser incremental, trazendo um melhoramento para algo existente; radical, derivada da criação de novos conhecimentos e produtos; ou até disruptiva, que pode acabar criando um novo mercado, ao desestabilizar os concorrentes que antes o dominavam. “O mercado entendeu de fato a importância da aplicação da inovação como um fluxo sistêmico”, diz André.

A chegada da internet 5G ao Brasil irá aumentar a velocidade de conexão e, de acordo com os palestrantes, será capaz de impactar diversos mercados. A internet das coisas será potencializada e as relações máquina-máquina, dispositivo-máquina e pessoas-máquina será ampliada.

Alexandre Falcão trabalha em um projeto piloto de aplicação de IoT dentro da Secretaria de Saúde do Paraná. Ele explica que a proposta é realizar a monitoração da temperatura de armazenamento da central de medicamentos de forma mais precisa. “O estado compra cerca de R$ 1 bilhão em medicamentos. E a gente precisa tomar muito cuidado com esse dinheiro público que está sendo aplicado”, diz.

Sobre a janela de oportunidade para o mercado de IoT, Falcão esclarece que o Brasil é bom no desenvolvimento de softwares, mas que a integração com os hardwares externos ainda é uma lacuna. “Existem mais de 10 mil tipos de sensores diferentes, especializados para cada tipo de aplicação. As empresas lá fora estão produzindo, mas ainda temos dificuldade de obter melhores informações sobre a integração com sistemas que dominamos. É uma oportunidade dos profissionais focarem suas carreiras nessas tecnologias. É a oportunidade do momento”.

O evento aconteceu de maneira remota. Para conferir o bate papo na íntegra, acesse o canal do Grupo Uninter no YouTube.

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Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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