Instituto IBGPEX e Escola de Polos promovem formação continuada sobre objetivos da ONU

Autor: Kethlyn Saibert e Nayara Rosolen

Conjunto de metas globais de caráter social e ambiental propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) se tornaram política institucional na Uninter. Para discutir formas de estender esses valores às atividades práticas dos alunos, o Instituto IBGPEX realizou em parceria com a Escola de Polos uma formação continuada para o corpo docente, dia 11 de março, no Campus Divina Providência, em Curitiba (PR).

Sob o título “Formação continuada Uninter – Como alinhar seus projetos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)?”, a capacitação contou com uma palestra de Rosane Fontoura, coordenadora executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE/FIEP. Ela destacou a importância das metas globais, que têm o intuito de erradicar a pobreza e alcançar um futuro sustentável até 2030.

De acordo com a diretora da Escola de Polos, Francieli Castro, a ideia é aprofundar o conhecimento sobre os ODS e trocar experiência com os professores que já implementam as práticas sustentáveis em seus projetos acadêmicos. Segundo ela, haverá uma série de encontros sobre o assunto.

Ao longo de 2022, a Uninter vai trabalhar especialmente com os ODS 3 (Saúde e Bem-estar), 10 (Redução das desigualdades), 16 (Paz, justiça e instituições eficazes) e 17 (Parcerias e meios de implementação). “Nesse ano vamos focar nesses 4 ODS e nos próximos anos vamos trabalhar com outros”, explica.

O grande incentivador desse projeto é o nosso pró-reitor de graduação, o professor Rodrigo Berté, que tem toda uma vida de pesquisa na área de desenvolvimento sustentável. Ele é uma pessoa referência nesse tema. Temos todo o respaldo e apoio dele para que essa formação continuada seja um sucesso durante os anos de 2022 e 2023, e para os próximos que virão”, comenta Francieli.

“Nosso objetivo é despertar em todos os colaboradores da Uninter, e de forma especial no corpo docente, a consciência sobre a importância da Agenda 2030. Dessa forma, estamos apresentando ferramentas e metodologias que possam colaborar na formação de futuros agendes da sustentabilidade”, pontua Rosemary Domingues Suzuki, gerente do Instituto IBGPEX, entidade de responsabilidade socioambiental o Grupo Uninter. O instituto entra na parceria com o papel de trazer convidados externos engajados com a agenda 2030 e que possam contribuir com a discussão e a formação dos professores.

Ações locais têm implicações globais

“Pensar global e agir local”, essa foi a fala inicial da palestrante Rosane Fontoura. “Estou engajada nos ODS porque vivo num país rico que tem pobreza”, afirma. Ela ressalta que uma forma de difundir a consciência ambiental e social nos jovens alunos é mostrar que eles são os protagonistas do futuro e suas ações têm impacto na comunidade na qual estão inseridos, é um papel que vai além da formação profissional.

“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável trazem metas e indicadores e os professores têm a teoria para alcançar tudo isso. Mas o que está faltando é estimular a prática. O aluno não deve só aprender conteúdos, pois para a formação de um universitário é preciso desenvolver habilidades e atitudes. É importante que ele faça trabalhos voluntários antes de terminar a faculdade, mostrar que ele tem um compromisso de fazer a diferença no mundo”, disse Rosane em entrevista à CNU.

A professora Fabielle Cruz, uma das docentes participantes do encontro, afirmou que a formação continuada foi essencial para ela refletir sobre os ODS sob novas perspectivas. “Como professora da educação básica, tive a experiência de trabalhar com os ODS anteriormente, mas sempre com alunos do ensino fundamental. Então, conhecer um pouco mais sobre as possibilidades dentro do ensino superior foi excelente”, diz.

“A palestrante convidada foi muito assertiva em suas colocações, permitindo que refletíssemos sobre os ODS na nossa aula e na nossa prática. Não é só teoria, mas é oportunizar a prática desta teoria, é fazer acontecer, é buscar um futuro melhor”, conclui Fabielle.

Os polos como agentes locais

Tendo em vista a importância da educação na disseminação e na prática dos ODS não só dentro das salas de aula, o IBGPEX, em parceria com a Escola de Polos, realizou também um encontro virtual para os mais de 700 polos da Uninter de todo o Brasil e do exterior.

Rosane Fontoura foi mais uma vez a convidada para falar sobre o tema na live “Conheça os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, transmitida por meio do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) da Uninter, no dia 15 de março.

Participaram do evento o pró-reitor de graduação, Rodrigo Berté, a gestora da Escola de Polos, Francieli Castro, a gerente de projetos sociais do IBGPEX, Rosemary Suzuki, a pedagoga do IBGPEX, Débora Klassen, além da analista de operações acadêmicas da Escola de Polos, Desiree Monteiro.

“Queremos muito fazer com que haja um efeito multiplicador positivo, que os polos pratiquem os objetivos. Não queremos ficar no discurso, mas ir para a ação efetiva, com a comunidade, participando principalmente no meio social, ao qual você representa. Você pode estar da indústria, no comércio, em um clube de serviço. É aí que queremos que você fale, que comungue conosco o que são os objetivos de desenvolvimento sustentável”, afirma Berté.

Rosemary explica que, como entidade de responsabilidade social da Uninter, o IBGPEX tem a função de fomentar o tema e colocar para discussão. A gerente garante que a equipe do instituto está aberta para esclarecer dúvidas e auxiliar na implementação de ações alinhadas aos ODS.

“O quer a gente quer, de fato, é levar esse conhecimento às pessoas e a todos os polos de apoio presencial, porque são os polos que estão, de fato, lá na comunidade. São eles que vão conseguir agir localmente. A nossa intenção com o evento é iniciar esse debate, abrir um canal de discussão e diálogo sobre esse tema”, diz Rosemary.

À frente do projeto de Responsabilidade Social Universitária Uninter (RSU) no IBGPEX, pedagoga Débora participou de todas as etapas de planejamento, divulgação e execução destes eventos e ressalta que os ODS definem as prioridades e aspirações de desenvolvimento sustentável global para 2030 e buscam mobilizar os esforços globais ao redor de uma série comum de metas.

“Escolas superiores e polos trabalham na ponta e conhecem a realidade dos alunos e comunidade. Por isso, ao trabalharem com os ODS, agregam valor significativo. Os objetivos de sustentabilidade trazem metas e indicadores importantes para a IES [instituição de ensino superior], permitindo a possibilidade de aumentar o engajamento junto a alunos e comunidade”, complementa Débora.

“Não há dúvidas de que os objetivos do desenvolvimento sustentável têm a ver com direitos humanos”, afirma Rosane Fontoura. Ela acredita que “a mudança acontece pela educação”, tanto no ensino quanto na pesquisa e extensão, em qualquer nível de escolaridade. Por isso, ressalta o papel fundamental dos polos quanto ao engajamento nas causas, buscando disseminar e alcançar as 169 metas dos 17 ODS.

Além de explanar sobre o surgimento dos objetivos e das organizações, convenções e tratados internacionais que corroboraram para a consolidação deles, Rosane lembra que dois eventos atuais têm impactado negativamente no avanço das conquistas: a pandemia de Covid-19 e a recente guerra na Ucrânia.

Assim, enfatiza o grande lema da Agenda 2030, de “não deixar ninguém para trás”, e a necessidade de uma atuação conjunta dos atores sociais, chamados players: governos, empresas, organizações da sociedade civil e cada um dos cidadãos.

ODS são política institucional na Uninter

Desde que o professor Rodrigo Berté assumiu o comando da Pró-Reitoria de Graduação da Uninter, em 2021, os ODS se tornaram política institucional no centro universitário. Assim, todos os 144 cursos de graduação e os mais de 250 cursos de pós-graduação passam a tratar de pelo menos um objetivo em todos os eventos realizados.

Segundo o pró-reitor, a partir do ano que vem o intuito é que as pessoas olhem o ícone dos objetivos durante as lives da instituição e já identifiquem o seu significado. “Vai estar internalizado nas nossas ações, nos documentos da nossa instituição”, garante. Ele salienta a importância dos ODS nas pesquisas e publicações científicas da Uninter, que passarão a selecionar artigos que abordam os temas.

“Acredito que cada vez mais vamos fomentar uma educação de qualidade, a erradicação da pobreza, uma água de qualidade distribuída para todas as pessoas e não só para alguns, uma moradia digna a todos e, em especial, que nós cuidemos do meio ambiente. Somos parte deste meio, então que cada vez mais possamos tratar disso, principalmente com as práticas dos ODS na educação ambiental”, conclui Berté.

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Autor: Kethlyn Saibert e Nayara Rosolen
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Kethlyn Saibert - Estagiária de Jornalismo


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