Hanseníase, um mal antigo que ainda assombra o Brasil

Autor: Alessandro Castanha da Silva*

O último domingo do mês de janeiro é dedicado à conscientização mundial à luta contra a Hanseníase. A proposta é chamar a atenção de todo mundo para esta doença, que é considerada uma das mais antigas de todo o mundo, e que já foi estigma para seus portadores, vítimas de preconceito e afastamento do convívio social. Neste dia, o mundo todo divulga ações que divulguem os sinais e sintomas desta doença que pode trazer consequências graves se não tratada. Mas, você sabe o que é Hanseníase? 

A Hanseníase, nome derivado do médico bacteriologista norueguês, Gerhard Armauer Hansen, que identificou a doença em 1974, é causada por uma bactéria denominada Mycobacterium leprae. Por muito tempo a doença era conhecida por lepra, termo encoberto por preconceito que foi abolido no Brasil na década de 70. A bactéria pode ficar inerte no organismo num período de cinco e dez anos para só então apresentar seus primeiros sinais que são as manchas avermelhadas ou esbranquiçadas e perda de sensibilidade, devido ao fato de afetar principalmente os nervos periféricos. Tal situação, pode trazer sequelas graves como deformidade nos pés e mãos, incapacidade física e cegueira. 

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou 15.155 novos casos de hanseníase em 2021, índice abaixo do registrado em 2020, de 17.979 casos. Nos últimos dois anos, observa-se que o número de casos foi bem menor quando comparado ao ano anterior à pandemia, quando chegaram a ser notificados 27.864 casos da doença. 

Apesar destes números alarmantes é importante destacar que a Hanseníase tem cura, e seu tratamento é custeado pelo Governo Federal por meio do Sistema de Saúde Única (SUS). E quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura e da redução das sequelas apresentadas pela doença. Vale ressaltar que o tratamento pode ser longo, levando em média de seis a dose meses, com a associação de medicamentos diários que não devem ser suspensos sem o conhecimento de seu médico. 

Em caso de aparecimento de qualquer sinal na pele com perda de sensibilidade, procure o seu médico, e caso seja constatada a doença, inicie o quanto antes o tratamento, pois o prognóstico de melhora é cada vez maior. A divulgação dos dados, diagnóstico e prevenção da doença é o melhor remédio para combater as doenças. 

 *Alessandro Castanha da Silva é professor da Escola Superior de Saúde Única do Centro Universitário Internacional Uninter. 

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Autor: Alessandro Castanha da Silva*
Créditos do Fotógrafo: EBC


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