Grupo de pesquisa analisa prêmio World Press Photo

Autor: Poliana Almeida - Estagiária de Jornalismo

Para os amantes da fotografia, o fotojornalismo é uma grande fonte de inspiração. Um dos braços da área jornalística, tornou-se o desejo de atuação de muitos estudantes mundo afora. Afinal, os grandes eventos da história se materializam nas imagens capturadas pelas câmeras atentas de jornalistas ao redor do globo, que com seu trabalho materializam os fatos na memória de uma geração.

A maior premiação de fotojornalismo no mundo foi criada em 1955. De lá para cá, o World Press Photo tornou-se alvo de admiração incontestável entre os fotojornalistas. Professora dos cursos de  comunicação da Uninter, Marcia Boroski salienta que a World Press Photo Foundation, responsável pela entrega dos prêmios, também exerce várias funções educativas.

“A fundação faz também mentoria, que é um processo muito importante no fotojornalismo. É um caminho para quem está iniciando poder começar a trabalhar, discutir seus trabalhos com mentoria”, salienta.

O processo de inscrição das imagens na premiação fica a cargo dos fotógrafos que selecionam suas melhores produções e escolhem uma das categorias possíveis, dentre as seguintes opções:

  •  Contemporary Issues (Questões Contemporâneas)
  • Environment (Meio-ambiente)
  • General News (Notícias Gerais)
  • Long-Term Projects (Projetos de longo-prazo)
  • Portraits (Retratos)
  • Sports (Esportes)
  • Spot News (Notícias Locais)

Os finalistas concorrem ainda à categoria Melhor Foto do Ano (a última ganhadora está na abertura desse material) e Melhor Ensaio do Ano.

Análise do prêmio

Há 3 anos, a professora Marcia e o professor Matias Peruyera coordenam um projeto de pesquisa voltado à análise da comunicação sobre fotografia. Intitulado Projeto Tecnologias da Imagem, a iniciativa conseguiu compilar alguns dados da famosa premiação.

Segundo a professora, foram analisadas pesquisas de dissertações e teses de 2000 a 2020 de programas filiados à Compós – Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Buscou-se o termo “fotografia” como objeto principal do estudo ou de modo empírico em 282 documentos.

Desse montante, 224 eram dissertações e 58, teses. Do total, apenas cinco mencionaram o WPP no título, resumo ou palavra-chave. “Vemos que não foram muitas pessoas que pesquisaram sobre o assunto [da premiação], o que dá muito pano para manga para gente começar a pensar nisso. O prêmio assume o papel de objeto de pesquisa, apontando abertura para a possibilidade de análise por meio de distintos caminhos teóricos e epistemológicos”, complementa Marcia.

A docente ressalta ainda sobre a importância de estudar fotografias premiadas, e não apenas as que são virais. “Quando a gente discute fotografias em prêmios, nós temos que considerar que a fotografia passou pela chancela de um júri. É uma imagem que passa pelos modos de produção do jornalismo, sim, mas ela também recebe um selinho de uma equipe extremamente especializada, que é o júri”.

Se olharmos para a história da fotografia, vemos que ela “é objeto de pesquisa da comunicação, mas também é na história. Na odontologia, ela faz parte da documentação dos casos”, exemplifica Marcia. Talvez seja por isso que, conscientemente ou não, muitas pessoas amam ver o mundo sob as lentes de uma câmera fotográfica.

Este tema foi o assunto da live Fotojornalismo premiado: análises possíveis do World Press Photo, transmitida aos alunos da Uninter pelo AVA Univirtus no dia 03.maio.2021 às 18h30.

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Autor: Poliana Almeida - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Reprodução


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