Garota de Ipanema manda lembranças à Bossa Nova no seu dia

Autor: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo

Bossa Nova não é o primeiro estilo musical criado no Brasil, antes tivemos o choro e o samba. A bossa surge na década de 1950, no Rio de Janeiro, em meio aos jovens de classe média alta, e serviu de base para a MPB.

Neste sábado (25.jan.2020) é comemorado o Dia Nacional da Bossa Nova, e para falar sobre o assunto convidamos o professor Alysson Siqueira, do curso de licenciatura em Música da Uninter para uma conversa.

Uninter Notícias: Qual a importância da Bossa Nova para a história da música brasileira?

Alysson Siqueira: A Bossa Nova trouxe para a música brasileira elementos do jazz, principalmente a harmonia. Essa fusão entre o samba e a música norte-americana também contribui para que a música brasileira viajasse o mundo. Garota de Ipanema, por exemplo, tem sua melodia gravada no inconsciente coletivo de diversos países.

UN: Ainda podemos ver o impacto dela nas músicas de hoje?

Alysson Siqueira: Sim, principalmente no aspecto harmônico, que foi ampliado pela “Influência do jazz”.

UN: Existem bossas modernas?

Alysson Siqueira: Depende do qual é o significado do termo “modernas”. Se o sentido for “atual”, sim, a música brasileira vive se reinventando e fundindo elementos tradicionais da música brasileira com outras músicas. O Manguebeat de Chico Science poderia ser considerada uma Bossa Nova de Recife dos anos 1990.

UN: Quais seriam os artistas que você recomendaria para alguém que não conhece o estilo começasse a escutar?

Alysson Siqueira: É imperativo conhecer João Gilberto e a gravação original de “Chega de Saudade”, marco do início da Bossa Nova. Tom Jobim também é obrigatório pois fez a fusão do samba com o jazz com maestria. Carlos Lyra, Baden Powell, Roberto Menescal, João Donato, Marcos Valle, Toquinho e Chico Buarque contribuíram com obras deste estilo, transitando entre outros também. Não se pode deixar de citar Vinicius de Moraes, poeta e intérprete de várias obras canônicas da Bossa Nova.

UN: O que o professor diria sobre a Bossa Nova?

Alysson Siqueira: Considero a Bossa Nova como um ícone da cultura brasileira, que é capaz de absorver as mais diversas influências e se reinventar a cada dia. A Bossa Nova não é mais tão nova assim, mas deixou sua marca para sempre na história do nosso povo.

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Autor: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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