Física se aprende na prática, mesmo no ensino remoto

Autor: Kethlyn Saibert - Estagiária de Jornalismo

A física estuda os fenômenos da natureza nas suas mais variadas formas. Por meio do método científico, analisa o que ocorre com a energia e a matéria no espaço e no tempo. É uma ciência que estuda diversos assuntos, tais como acústica, ondulatória, mecânica, eletromagnetismo, eletricidade, entre outros. No ensino superior de física, é essencial que o aluno tenha a oportunidade de realizar aulas práticas para compreender melhor os fenômenos. Entretanto, dado a circunstância de pandemia da Covid-19, aulas experimentais foram afetadas em muitas universidades e instituições.

Para falar sobre a importância das atividades práticas para o estudo da física no ensino remoto, a II Maratona de Pós-Graduação da Uninter, transmitida no último dia 29.mai.2021, recebeu os professores Luciano Frontino Medeiros e Alvaro Crovador. Ambos têm formação na área e defendem que na pandemia os professores devem usar a criatividade para ensinar matérias que envolvam princípios da física e cálculo. Os docentes destacam que o arduino e materiais recicláveis podem ser ótimas opções para alunos criarem experimentos em casa.

Eles lembraram ainda que na graduação de Física na Uninter há kits práticos, chamados de My Lab. Trata-se de uma maleta que funciona como um laboratório portátil, contendo ferramentas de mecânica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo, entre outros, para que os alunos possam comprovar os diversos conceitos da física estudando a distância.

Crovador cita que os Applets, pequenos softwares que executam ações específicas dentro de um programa maior, funcionam como simuladores de experimentos. “Existem muitos Applets hoje que simulam sistemas de laboratório de física, matemática, química e biologia”, diz. Nas simulações é possível compartilhar a tela com o aluno para demonstrar o que está acontecendo. Apesar de não ser o experimento real, na falta de outros recursos, é uma opção viável no ensino remoto.

“Os Applets são muito importantes porque eles nos ajudam a entender todos os pontos necessários do fenômeno que estamos procurando explicar. É ótimo passar isso para o aluno, porque ele vai entender como começa, onde perpassa e onde termina esse fenômeno, para que ele entenda os detalhes e as condições a que precisa ficar atento na hora de fazer a comprovação do experimento”, complementa Medeiros.

Outro elemento que auxilia no ensino da física, e que pode beneficiar no estudo remoto, é a robótica aliada ao uso do arduino, um dispositivo barato, fácil de programar e de manusear. É uma placa eletrônica que é controlada por meio da linguagem de programação. O dispositivo pode ser usado para interagir com luzes, sensores e motores.

Medeiros comenta que o arduino pode ser usado para controlar um robô ou um carrinho de controle remoto. Além disso, ele explica que para fazer a engrenagem de um carrinho elétrico, é possível utilizar materiais caseiros como drivers de CDs e DVDs. “Há uma série de materiais recicláveis que podemos utilizar que vão ao encontro da questão da física sustentável. Computadores e equipamentos antigos que temos em casa podem ser usados em montagens, fazendo com que o custo dos materiais seja menor”, finaliza.

Os professores apresentaram ainda outros exemplos práticos. Para conferir a palestra completa, clique aqui.

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Autor: Kethlyn Saibert - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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