Especialistas explicam relação entre trabalho digno e desenvolvimento econômico

Autor: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo

No sábado, 17.out.2020, aconteceu no canal oficial da Uninter no Youtube a Maratona Transformando o Mundo. Foram mais de 12 horas de palestras organizadas pela Pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Uninter que abordaram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU. O oitavo ODS se refere ao trabalho digno e o crescimento econômico, essenciais para o desenvolvimento de qualquer sociedade.

A mediadora da conversa foi a professora Oriana Gaio, coordenadora de pós-graduação na Uninter, que apresentou os convidados e posteriormente trouxe perguntas dos participantes ao vivo. Os professores Marcos Velasque, que leciona nas áreas de educação e ensino religioso, Milena Silveira e Aline Eberspacher, da área de negócios, explicaram em meia hora como a sociedade brasileira deve se alinhar à Agenda 2030 no que diz respeito a questões do mercado de trabalho. (Você pode assistir ao conteúdo integral da palestra clicando aqui).

Marcos começou sua fala definindo como funciona o crescimento econômico. “O crescimento vem quando ocorre aumento da produção e consumo de bens e serviços. Esse aumento pode ser medido através do PIB. A economia deve apresentar um resultado integrado, consistindo em um aumento desde os setores primários, passando pelos secundários e até os terciários”.

O setor primário consiste na extração de matéria-prima direto da natureza, envolvendo atividades como a agricultura, a mineração, a pesca, a pecuária, entre outras. O setor secundário é a indústria, de roupas, móveis, máquinas, alimentos industrializados, eletrônicos etc. E o setor terciário é onde estão os serviços, como: comércio, saúde, educação, turismo, bancos etc.

Já o desenvolvimento econômico está ligado às mudanças mais profundas na economia e na sociedade. “Indica a melhoria do bem-estar ou a qualidade de vida das pessoas, de como está sendo feita a distribuição de renda, o acesso igualitário à educação e saúde, o incentivo à pesquisa de teor científico e tecnológico, entre outros fatores sociais”, explica o professor.

A fala continuou com a professora Milena, que falou sobre emprego pleno e produtivo. “O ODS 8 reconhece a urgência de erradicar o trabalho forçado e formas análogas ao trabalho escravo, bem como o tráfico de seres humanos de modo a garantir a todos e todas o alcance pleno de seus potenciais e capacidades. Tem o objetivo de reduzir em 40% a taxa de desemprego e outras formas de subutilização da força de trabalho, garantindo um emprego digno a todos. Sabemos que no Brasil ainda existe o trabalho escravo, aquela pessoa que trabalha muitas horas e não tem reconhecimento pessoal e financeiro”.

Um dos caminhos para se superar essas mazelas vem por meio da capacitação profissional. “A capacitação evita a rotatividade de pessoal, torna a empresa mais competitiva e favorece o aumento da produtividade. A educação é de extrema importância para nossas vidas, é por meio dos estudos que adquirimos conhecimento, cultura e traçamos objetivos de vida, assim promovendo o pleno desenvolvimento do indivíduo como cidadão”, explica Milena.

A professora Aline fechou a palestra mostrando que trabalho, educação e crescimento econômico estão interligados. “Quando falamos em trabalho decente, automaticamente pensamos em qualidade de vida. O trabalho decente passa pela liberdade de negociação, promoção de uma boa autoestima, permite qualidade de vida. A formação oferece um trabalho decente para o indivíduo, que oferecerá um melhor serviço para a sociedade, o que vai acabar fortalecendo o PIB. Está tudo interligado”.

“Agora é hora de ter desenvolvimento econômico preocupado com a saúde do planeta, com crescimento sustentável e inclusivo. E no Brasil, há inúmeros desafios. Alguns deles: diferença salarial entre homens e mulheres, a etnia, o gênero e a dificuldade de inclusão no ambiente de trabalho”, finaliza Aline.

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Autor: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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