É preciso educar os engenheiros para as novas fronteiras das energias renováveis

Autor: Valéria Alves - Estagiária de Jornalismo

As energias renováveis são aquelas obtidas através dos mais diversos recursos naturais não esgotáveis, como o sol, o vento, a água, a energia geotérmica, entre outros. Ao redor do mundo, o uso dessas energias cresce a cada ano, assim como o número de pessoas empregadas em indústrias do setor.

Atualmente, os cinco países que mais investem nas energias renováveis são China, Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Índia. Foi justamente um período vivendo no exterior que levou o mestrando Edvaldo Luiz Rando Junior, da Uninter, a ter inspiração para realizar um trabalho neste campo.

Questionando o porquê de o Brasil não investir no trabalho com energias renováveis, mesmo tendo muito potencial para tal, Edvaldo desenvolveu o piloto de um plano de disciplina para que professores possam trabalhar as energias renováveis dentro das universidades, nos cursos de Engenharia, utilizando como ferramenta pedagógica o uso de simuladores.

“Quando eu era estudante do curso, essa era uma das atividades que mais me empolgavam e me convertiam, assim como as novas tecnologias, então isso me motivou muito”, explica.

Para que isso fosse possível, Edvaldo ingressou no mestrado com um projeto de pesquisa intitulado “O ensino de energias renováveis nos cursos de engenharia: uma proposta para uso de simuladores”. Assim que a utilização dos simuladores foi decidida, foi preciso enfatizar as bases teóricas para esse tópico, além de selecionar os softwares a serem utilizados para trabalhar essas diretrizes.

“Em um primeiro momento, mostramos o que são as energias renováveis e como elas estão sendo trabalhadas. Eu trouxe quatro softwares, mas pensamos em qual seria mais atrativo para o Brasil, que é um dos países que possui um dos maiores campos para energia solar do mundo”, explica.

Por esse motivo, o mestrando elaborou um projeto envolvendo essa energia em específico, que trabalha as placas solares, o uso de baterias e até bombeamento, possibilitando que o professor trabalhe com isso de diversas formas. Porém, antes é necessário que os estudantes passem por algumas matérias básicas para chegar ao projeto.

“A partir do momento em que fomos avançando, vimos que dependendo do assunto abordado, certas metodologias possuem mais eficiência que outras. O professor pode agregar na sua matéria coisas mais visuais e interativas para os alunos como um ‘bônus’, e os estudantes gostam do uso de simuladores”, afirma.

Edvaldo defendeu sua dissertação de mestrado no dia 31 de maio, no Campus Divina da Uninter, em Curitiba (PR). Ele foi orientado pelo professor Mario Sergio Cunha Alencastro.

Educação e progresso

Segundo o pesquisador, uma das partes desafiadoras do trabalho foi justamente a questão da teoria da educação, pois como engenheiro ele não possuía tanta base nesse campo. Edvaldo vem de uma família de professores, e sempre teve vontade de trabalhar no ramo de educação. Foi quando surgiu a oportunidade de ingressar no Mestrado em Educação e Novas Tecnologias na Uninter.

“Eu tive que estudar muito, ler muitos livros e fazer muitas pesquisas”, diz. Além disso, Edvaldo também se especializou e fez uma pós-graduação em metodologias de ensino. “Eu fui me moldando dentro das disciplinas, entrei como engenheiro e sairei como professor”, afirma.

Edvaldo também trouxe para o seu trabalho um levantamento de dados mostrando como o mundo está avançando em relação ao futuro. “Apesar de tudo o que acontece, a sociedade está enxergando que esse é um novo caminho, e com isso nós precisamos formar pessoas melhores e comprometidas com a educação e a ciência da tecnologia e sociedade”, afirma.

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Autor: Valéria Alves - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Valéria Alves - Estagiária de Jornalismo


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