Covid-19: o problema das mutações

Autor: Maurício Geronasso - Estagiário de Jornalismo

O surgimento de novas variantes do coronavírus vem preocupando os profissionais da saúde em todo o mundo. Reconhecê-las rapidamente é de extrema importância para evitar sua disseminação. Controlar a doença por métodos conhecidos e comprovados é a melhor estratégia para se reduzir a possibilidade de surgirem novas mutações do vírus.

Os cientistas vêm dedicando especial atenção a estas novas variantes, estudando sua transmissibilidade e seu comportamento quanto a quadros mais graves da doença, letalidade, processos de reinfecção e eficácia das vacinas. O programa Sua Saúde, da Rádio Uninter, recebeu os professores Benisio Filho e Alessandro Castanha, no dia 25.mai.2021, para discutir como surgem as variantes de um vírus.

Mas por que as variantes surgem? O professor Alessandro explica que “o surgimento de uma nova variante é natural em qualquer vírus.” Em um país continental como o Brasil, o vírus se replica rapidamente, o que aumenta as chances de desenvolver mutações e gerar novas variantes. Um ambiente desse tipo, com baixo índice de vacinação e pouca adesão da população a medidas preventivas, acaba sendo ideal para produzir novas versões do vírus. Atualmente esse é o caso do Brasil, onde o vírus encontra condições propícias para se disseminar e se transformar.

Benisio destaca que a falta de testes para detectar e analisar as variantes no Brasil torna o trabalho dos cientistas mais difícil, o que nos impede de isolar rapidamente os doentes identificados com novas mutações. Um trabalho vigilante dos órgãos de saúde evitaria o surgimento de novas variantes. Acredita-se que circulam atualmente no país entre 60 e 100 variações do Sars-Cov-2. Muitas delas apresentam apenas pequenas diferenças, as quais não alteram em nada a severidade da doença.

Saber a real velocidade de transmissão das variantes e a eficácia das vacinas em uso tem sido ponto crucial nos estudos científicos, destaca Alessandro. Estudos demonstram que para alguns casos de variantes a eficácia pode ser reduzida, mas os imunizantes continuam sendo essenciais no controle da doença. Mas os cientistas alertam que sem um melhor controle da pandemia, novas mutações podem surgir e tornar o vírus mais resistentes aos imunizantes de que dispomos.

“Além das medidas já conhecidas, como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social, a não disseminação de informações falsas é a melhor maneira de se prevenir da Covid”, conclui Benisio.

Confira a gravação completa do programa na página oficial da Rádio Uninter no Facebook.

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Autor: Maurício Geronasso - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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