PROFISSÃO

Como o cinema pode ajudar a Administração

Em uma realidade onde as informações chegam a todo momento, chamar a atenção para um determinado assunto se torna um desafio cada vez maior. Por esse motivo, os professores que atuam em sala de aula buscam diferenciais e métodos de ensino que auxiliem nessa questão, para que os alunos venham a se interessar ainda mais pelos conteúdos que são repassados nos cursos.

Em banca de mestrado apresentada no dia 3 de agosto, por exemplo, a acadêmica Luciane Plates, que é formada em Administração e está concluindo Mestrado em Educação e Novas Tecnologias na Uninter, apresentou uma alternativa para contribuir com a dinamicidade das aulas: com foco na matéria de Teoria Gerais da Administração (TGA), ela utilizou da linguagem cinematográfica como apoio ao professor dessa disciplina.

“Durante a experiência que eu tive como professora, percebi muitas vezes um baixo interesse e motivação por aprendizagem de disciplinas envolvendo teorias”, explica Luciane. Além de despertar a curiosidade, o objetivo é contribuir com o aprendizado do conteúdo da disciplina através do cinema, potencializando assim a aprendizagem do aluno. Como problema, ela utilizou a forma com que as bibliografias apresentam as teorias.

“Muitas dessas teorias foram concebidas no século passado, e a forma com as que as bibliografias as apresentam nem sempre – salvo algumas exceções – trazem exemplos e estudos de caso que reflitam a realidade que o administrador vive hoje”, afirma. O trabalho também busca promover discussões, reflexões e a correlações com os temas abordados, no caso, o papel do administrador.

Não somente uma ‘alternativa’

A dissertação apresentou atividades práticas e alguns critérios onde qualquer professor – não necessariamente do curso de administração e da matéria de TGA –  pode se orientar caso ainda não tenha trabalho com o cinema em sala de aula, mas gostaria de implementar o método.

“O que nós buscamos trazer do cinema é que ele não é como outros recursos, pois as suas possibilidades de utilização não estão esgotadas, e muitas vezes ele é visto somente como um tapa-buraco quando algum professor falta ou quando algo acontece fora do previsto”, diz Luciane.

Para contribuir com as investigações, foi feita a seleção de alguns filmes que podem ser utilizados. Além disso, a pesquisa bibliográfica referenciando autores relevantes dos temas que foram pesquisados também foi utilizada.

“Esse trabalho se justifica pela necessidade de trazer uma proposta, que não definitivamente vai solucionar todos os problemas de motivação e interesse, mas sempre pensamos como professor e pesquisador que algo tem que ser feito, e temos que buscar isso”.

O trabalho contém 10 filmes que podem contribuir para despertar o interesse, e para que a busca por novos filmes, cenas e olhares continue. São eles:

1 – Tempos Modernos (1936) – Charles Chaplin

2 – Ladrões de Bicicleta (1948) – Vittorio de Sica

3 – Wall Street, Poder e Cobiça (1987) – Oliver Stone

4 – Mauá, O Imperador e o Rei (1999)  Sérgio Rezende

5 – Fuga das Galinhas (2000) – Nick Parker e Peter Lord

6 – Monstros S/A (2001) – Peter Docter

7 – Amor sem Escalas (2004) – Jason Reitman

8 – À Procura da Felicidade (2006) – Gabriele Muccino

9 – O Capital (2010) – Costa-Gravas

10 – Que Horas ela Volta? (2015) – Anna Muylaert

* A imagem que ilustra a matéria na homepage é de divulgação do filme “O capital”, de Costa-Gravas.

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Autor: Valéria Alves – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Valéria Alves - Estagiária de Jornalismo

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